terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Vida tem sentido quando há ideal a defender", discursa Fidel

 

 

O líder da revolução cubana, Fidel Castro, pronunciou, nesta terça-feira (28), um discurso durante o ato público em comemoração pelo 50º aniversário dos Comitês de Defesa da Revolução. Diante de uma multidão estimada em 20 mil pessoas, o ex-presidente da ilha afirmou que a vida dos povos tem um sentido quando há um ideal pelo qual lutar.

Ante a onda de aplausos de boas-vindas, Fidel, em frente ao antigo Palácio Presidencial - mesmo local em que proclamara a criação dos CDR - assegurou que "é um enorme privilégio para mim voltar a me reunir com vocês, 50 anos depois do primeiro anúncio da criação do Comitê de Desefa da Revolução".

O cubano destacou que Cuba foi capaz, há meio século, de abraçar os princípios de Martí e rendeu homenagem a todos os que caíram em defesa da Revolução e de suas justas ideias. Resgatou que, no dia 28 de setembro de 1960, foram criados os Comitês, como um sistema de vigilância popular em resposta às agressões violentas que já se manifestavam contra cuba, com a realização de atos terroristas, alguns deles executados enquanto se desenvolvia o ato.

Recordou que, desde aquela ocasião, era evidente a característica feroz do império, que não descansaria em seu objetivo de destruir a revolução e impedir o desenvolvimento de Cuba. "Odeiam-nos com o ódio dos amos contra os escravos que se rebelam porque veem seus interesses em risco em todo o mundo", disse, resgatando uma de suas frases fundamentais do discurso de 1960.

Afirmando que reiteraria as palavras que pronunciou naquela ocasião, ele falou das impressões que teve após sua breve visita a Nova York. "Ter passado 10 dias na entranha do monstro imperialista foi suficiente para saber que o monopólio e publicidade é ali uma só coisa", disse, assegurando que "os órgãos da publicidade nos combatem".

Fidel destacou que, naquele momento, disse aos cubanos que os imperialistas queriam destruir a revolução para evitar que os demais povos fizessem algo parecido. Referiu-se ao fustigamento e às ameaças recebidas durante sua estada em Nova Iorque e até aos planos de atentado contra sua vida, que falharam "porque não se atreveram a disparar".

"Os cubanos foram informados que pertencíamos a um minuto grande da história humana, a uma hora decisiva do gênero humano, por constituir uma ideia, uma esperança e um exemplo", completou. O líder cubano comparou as administrações norte-americanas, que investiram na guerra, com o governo cubano, que investiu "na vida e no progresso da ilha".

Afirmou que a maioria dos presentes nem sequer tinha nascido naquela data histórica, quando propôs aos cubanos o estebelecimento de um sistema de vigilância coletiva e revolucionária, que hoje conta com mais de 8 milhões de membros. E leu frases de seu discurso de então, quando destacou que ninguém devia pensar os anos posteriores seriam de tranquilidade.

"Dissemos então que o 1 de janeiro de 1959 não finalizava a Revolução, mas, sim, que começava o futuro e a vitória de amanhã seria o fruto do esforço de todo o povo e se obteria com inteligência e valores (...) Não vacilo em proclamar que temos cumprido e vocês seguirão cumprindo a promessa daquela eterna noite", resumiu.

Do Vermelho

domingo, 26 de setembro de 2010

A Mídia Comercial em luta contra Lula e Dilma




Por Leonardo Boff



Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o Brasil Nunca Mais, onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.



Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Intelectuais reclamam liberdade para antiterroristas cubanos

Benício del Toro pede a Obama pelos Cinco

Destacadas personalidades internacionais subscreveram o pedido de seus colegas norte-americanos ao presidente Barack Obama para que revreveja o caso dos cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos e lhes conceda a imediata liberdade.

536 personalidades, da América Latina, Europa e África, assinaram a correspondência ao presidente estadunidense, que foi subscrita por 22 celebridades da cultura desse país, entre elas Martin Sheen, Susan Sarandon, Bonnie Rait, Elliot Gould, Danny Glover e outras de similar prestígio.

O texto expressa a indignação dos intelectuais com o encarceramento, durante 12 anos, de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, René González, Antonio Guerrero e Fernando González, "internacionalmente conhecidos como os Cinco Cubanos".

“No 12º aniversário de sua prisão”, sublinha o documento, “apelamos ao seu senso de justiça e respeitosamente lhe pedimos que, a su sentido de justicia y respetuosamente le pedimos que, depois de revisar os fatos e considerar o tempo que esses homens passaram na prisão, lhes outorgue uma Clemência Executiva para que possam regressar a seu país, a seus lares e suas famílias”.

Antes que isto ocorra, os intelectuais pedem que o presidente conceda vistos a Adriana Pérez y Olga Salanueva para que possam visitar de imediato seus esposos presos, Gerardo Hernández y René González.

A carta ao presidente gerou uma corrente ininterrupta de adesões. Uma cifra que cresce dia a dia com a incorporação de novas vozes como a da ex-congressista estadunidense Cynthia MacKinney e a escritora Alice Walker, o arquiteto Oscar Niemeyer, o cantor colombiano Juanes, os espahóis Miguel Bosé y Willy Toledo y os portorriquenhos Benicio del Toro, Olga Tañón, Tony Mapeyé e Calle 13.

Os intelectuais compartilham a convicção de que os Cinco Cubanos não cometeram qualquer crime contra os Estados Unidos, tampouco significaram uma ameaça à segurança nacional do país, simplesmente estavam protegendo Cuba de futuros ataques terroristas.

Eles monitoraram as atividades de grupos violentos de exilados cubanos em Miami. "Simplesmente estavam protegendo seu país contra futuros atos de terrorismo", argumentam no documento, que também critica o refúgio concedido pelos EUA a terroristas como Luis Posada Carriles y Orlando Bosch, que comandaram a explosão de um avião cubano num atentado que deixou por saldo a morte de 73 inocentes e hoje gozam de impunidade.



Fonte: La Prensa

sábado, 18 de setembro de 2010

Líder religioso cubano participou do funeral do reverendo Lucius Walker

                                                                Rev. Lucius Walker

Ontem, 17 de setembro, foi realizada a cerimônia fúnebre em homenagem ao pastor batista Lucius Walker na sede da Igreja Batista de Manhattan, Nova York, organizada pela família e com a participação de líderes religiosos e médicos estadunidenses formados na Escola Latino-Americana de Medicina de Havana.

O povo de Cuba, que tanto admirava e respeitava o Pastor Lucius, foi representado no funeral pelo Rev. Ortega Suárez Miriam, pastor presbiteriano, presidente do Conselho Mundial de Igrejas para a América Latina e Caribe e membro da Assembléia Nacional do Poder Popular de Cuba (o Parlamento Cubano).

Não puderam comparecer à cerimônia outros líderes religiosos de Cuba que tinham uma estreita relação de trabalho e amizade com o reverendo Walker e com as caravanas por ele lideradas, como Raúl Suárez Ramos, pastor batista e diretor do Centro Martin Luther King Jr. Memorial de Havana, Pablo Oden Marichal Rodriguez Episcopal pastor, secretário-executivo do Conselho de Igrejas de Cuba, ambos membros do Parlamento cubano, e do reverendo Estela Hernandez Marquez, pastora batista, diretora da Comissão de Distribuição de Pastores pela Paz Caravan.

Foram impedidos pelo demorado processo de aprovação e concessão de vistos pelo governo dos Estados Unidos. Dois foram dados tarde demais e o outro não foi concedido.

O companheiro Fidel Castro e Raul Castro Ruz dedicaram oferendas florais ao amigo fiel e corajoso dos cubanos.

Lúcio, que morreu em 07 setembro, foi diretor executivo da FundaçãoInterconfesional para la Organización de la Comunidad, Pastores por la Paz, uma organização liderada desde a sua criação em 1967.

Ele também fundou e desenvolveu a Caravana Amizade Cuba-EUA., conhecido por nosso povo como a Caravana dos Pastores pela Paz, solidariedade e compromisso de luta-carregado pela justiça desde 1992, desafiou as leis de seu governo que tentou impedilos de visitar o nosso país, eliminando assim o bloqueio injusto imposto ao nosso povo. "Em nossa opinião, o bloqueio é totalmente contrária aos ensinamentos das Sagradas Escrituras (...) Ousamos sugerir que o que mais precisa Cuba é de solidariedade e ação profética para pôr fim ao bloqueio", disse Lúcio.

Extraído do Granma

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Chanceler brasileiro inicia visita a Cuba



O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, desembarca hoje (17) em Havana (Cuba), onde fica até domingo (19). Em seguida, vai para Nova York (Estados Unidos) participar da 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Amorim tem reuniões marcadas com o presidente cubano, Raúl Castro. O objetivo é intensificar as relações bilaterais.

A visita de Amorim ocorre no momento em que o governo cubano anunciou o corte de mais de 500 mil empregos no setor público como alternativa para driblar as dificuldades econômicas no país. Pela primeira vez, as autoridades autorizaram a ampliação de concessão para atividades privadas, como comércio e serviços de táxi.

O chanceler brasileiro chega a Cuba dois dias depois de o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, acusar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de reforçar o bloqueio econômico imposto ao país desde 1962. Segundo o chanceler, há 48 anos sob severas restrições, Cuba acumulou no período prejuízo de US$ 751,3 bilhões.

Parrilla criticou o fato de o bloqueio impede Cuba de “exportar e importar” bens e serviços livremente. De acordo com ele, o país tem limitações para negociar utilizando o dólar como moeda, assim como não pode usar bancos estrangeiros nem acesso ao crédito de instituições norte-americanas.

O chanceler cubano disse ainda que é ilusão imaginar mudanças a curto prazo nas relações entre os Estados Unidos e Cuba. Para Parilla, os atos determinados por Obama “violam os padrões internacionais básicos”. Ele se referiu à manutenção do bloqueio mesmo com a recomendação das Nações Unidas para a suspensão das restrições.

Em 2009, representantes de 187 países, durante sessão da ONU, apoiaram Cuba e rechaçaram a manutenção do ebloqueio ao país. Autoridades que participarão da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas informaram que o tema novamente entrará na pauta das sessões, que começam no próximo dia 23.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fidel e a discriminação a homossexuais na revolução cubana

Em entrevista a um periódico mexicano, o líder cubano fez autocrítica pela discriminação a homossexuais no início da revolução.

A declaração, recebida com surpresa no exterior expressa uma mudança mais profunda na sociedade cubana. Desde 2004, pelo menos, afirma-se no país um forte movimento político e social que se manifesta contra qualquer tipo de discriminação, como parte de um projeto de ampliação da democracia socialista. A mais conhecida líder desse movimento é a filha do atual presidente, Mariela Castro. O artigo é de Hideyo Saito do sítio Carta Maior.

Por Hideyo Saito


Mariela Castro, sobrinha de Fidel, apóia a luta GLTB em Cuba
                                  


O reaparecimento do ex-presidente cubano Fidel Castro no cenário público tem tido grande repercussão na mídia internacional. Ele voltou a participar de eventos internos e de encontros com lideranças e personalidades estrangeiras, sempre demonstrando excelente disposição. Alguns jornalistas especulam que tais aparições ora teriam o objetivo de reduzir as repercussões da recente libertação dos presos remanescentes de 2003, como se elas fossem negativas para o governo cubano, ora de apoiar as reformas econômicas iniciadas pelo atual presidente, Raúl Castro (1). Um dos mais recentes episódios desse retorno à ativa do líder cubano foi a entrevista à jornalista Carmen Lira Saade, publicada nos dias 30 e 31 de agosto último pelo periódico mexicano "La Jornada", em que o líder cubano revelou que esteve à beira da morte, aos 80 anos, e só conseguiu se recuperar após uma sucessão de procedimentos médicos de alto risco (2).



Na segunda parte dessa entrevista, Fidel reconheceu que o governo cubano discriminou homossexuais no início da revolução, atribuindo-se a condição de responsável maior por esse erro (3). "Tínhamos então tantos problemas de vida ou morte que não prestamos a devida atenção ao assunto. Cometemos grandes injustiças! O maior responsável fui eu", disse, embora ressaltando que pessoalmente não nutre preconceito homofóbico (muitos de seus mais antigos amigos são homossexuais, lembrou a entrevistadora). A mídia dominante reproduziu as declarações, mas – para não perder o costume –acrescentou-lhes comentários que procuravam desacreditar a autocrítica de Fidel. Mas nenhuma dessas fontes contextualizou as palavras do líder cubano, para que ganhassem seu pleno significado.

Fidel Castro desqualificou interpretações de jornalista dos EUA


Fidel e seu grande amigo Mandela

E reiterou que o capitalismo que domina o mundo só acabará com a espécie humana
O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, desqualificou nesta sexta-feira algumas interpretações publicadas a partir de uma entrevista concedida ao jornalista estadunidense Jeffrey Goldberg, da revista The Atlantic.

Durante a apresentação de seu último livro, A contraofensiva estratégica, em uma Aula Magna da Universidade de Havana, o dirigente revolucionário comentou que o comunicador lhe perguntou se acreditava que o modelo cubano era algo que ainda valia a pena exportar.

“É evidente que essa pergunta levava implicitamente à teoria de que Cuba exportava a revolução. Respondi-lhe: 'O modelo cubano já não funciona nem sequer para nós'. O expressei sem amargura nem preocupação”, sustentou Fidel Castro, que, a tempo, explicou que sua resposta significava exatamente o contrário do que Goldberg e a analista Julia Sweig, quem o acompanhava, interpretaram.

“Minha ideia, como todo mundo sabe, é que o sistema capitalis já não serve nem para os Estados Unidos e nem para o mundo, que conduz de crise em crise, que são cada vez mais graves, globais e repetidas, das quais não pode escapar. Como poderia servir semelhante sistema para um país socialista como Cuba?”, disse.

Reiterou que o sistema que domina o mundo hoje só acabará com a espécie humana, e neste sentido, questionou como poderia servir semelhante esquema para um país como Cuba.

Também esclareceu outras afirmações feitas pela revista The Atlantic e que tiveram grande impacto informativo, como sua suposta investida contra o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e suas recordações sobre a chamada crise dos mísseis, em 1962.

Há dois dias a revista estadunidense The Atlantic publicou declarações do líder revolucionário, onde dizia, no contexto de uma extensa entrevista, que “o modelo cubano já não funciona nem para nós”.



sábado, 11 de setembro de 2010

Campanha intensifica ações pela libertação dos Cinco Cubanos



Fernando González, René González, Antonio Guerrero, Gerardo Hernández e Ramón Labañino. Esses são os nomes dos Cinco Cubanos presos nos Estados Unidos por razões políticas. Desde a prisão, circula a nível mundial uma Campanha pela Libertação deles.

Neste ano, a ação ganha força com uma Jornada Internacional pela Liberdade dos Cinco, marcada para começar no próximo domingo (12), dia em que os cubanos completarão 12 anos de encarceramento.

Para a Campanha, a prisão dos Cinco faz parte de "uma política anticubana que inclui o bloqueio econômico, o financiamento de grupos políticos com fins de desestabilização e a agressão constante em todos os espaços internacionais".

Isso porque, de acordo com o manifesto da Campanha, os cubanos encarcerados não cometeram nenhum tipo de delito e, portanto, estão presos por razões políticas, e não jurídicas.

Os Cinco foram presos no dia 12 de setembro de 1998 em Miami, na Flórida, acusados de transgredir as leis federais estadunidenses e espionar o país norte-americano.

A intenção dos cubanos era alertar Cuba sobre os atentados terroristas que eram planejados por exilados cubanos em Miami. Para a Campanha, o Estado norte-americano tem tolerado a existência de uma rede terrorista em Miami contra o povo cubano.

De acordo com ela, entre 1959 e 1997, lançaram-se, dos Estados Unidos, 5.780 ações terroristas contra Cuba. Entre 1959 e 2003, 61 aviões e barcos foram sequestrados. "Ademais, a agência estadunidense de espionagem, universalmente conhecida por sua sigla em inglês, CIA, dirigiu e apoiou 299 grupos paramilitares que são responsáveis por 549 assassinatos e por milhares de feridos", acrescenta.

A Campanha acredita que a maioria dos ataques foram preparados em Miami por grupos cubanos de extrema direita com o apoio da CIA. Do outro lado dos ataques, estão os Cubanos que foram ao país norte-americano com o intuito de verificar os planos terroristas e denunciá-los à ilha caribenha. No entanto, a tentativa resultou na prisão dos Cinco, encarcerados há 12 anos.

Além do encarceramento, os cubanos têm seus direitos violados. Alguns deles não podem receber visita das esposas e muitas vezes são obrigados a ficar em celas de isolamento máximo. Por conta disso, as organizações assinantes do manifesto pedem, mais uma vez, ao presidente estadunidense Barack Obama a libertação dos Cinco Cubanos.

As demandas serão reforçadas na Jornada Internacional pela Libertação dos Cinco. De acordo com o Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco Cubanos, a atividade começa no próximo domingo e se estenderá até o dia 8 de outubro, data da queda em combate de Che.

Durante esse período, as ações lembrarão outros episódios, como o assassinato do ex-chanceler chileno Orlando Letelier, morto em 21 de setembro de 1976 em Washington, e a explosão de um avião civil da Aviação Cubana em 6 de outubro de 1976, o qual ocasionou a morte de 73 pessoas.

Mais ações

Apesar da Jornada só começar no domingo, as atividades pela Libertação dos Cincos Cubanos já iniciaram em muitos países. Sexta-feira (10), por exemplo, foi lançado, na sede da União de Trabalhadores de Imprensa de Buenos Aires, o livro "Os heróis proibidos: a história não contada dos Cinco".

Neste sábado (11) e domingo, ocorre, em Buenos Aires, o Primeiro Encontro Internacional Regional pela Liberdade dos Cinco com a participação de representantes de Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai.

No Peru, o Comitê Peruano de Solidariedade com os Cinco realizou uma manifestação em frente à Embaixada dos Estados Unidos na última quinta-feira (9).

Outra mobilização no país está prevista para acontecer sábado. Dessa vez, os manifestantes sairão em marcha da Plaza Dos de Mayo até o Parque Washington, em Lima.

A Embaixada de Cuba, na Bolívia, também enviou uma nota pedindo justiça para o caso dos cinco cubanos. Em nota expressou que "os Cinco são, além disso, vítimas do ódio e da vingança do governo dos Estados Unidos contra a revolução cubana. Em todo o processo ficou provada a natureza política do caso, o qual se inscreve na história de agressões dos EUA contra Cuba".

Em Miami, as organizações que integram a Aliança Martiniana, a Associação José Martí e o Círculo Bolivariano vão realizar um ato no dia 12, domingo. A ação vai pedir ao presidente estadunidense, Barack Obama, a liberdade imediata dos cinco detidos.

Fonte: Adital

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vice-presidente cubano destaca humanismo de Lucius Walker

Esteban Lazo: Vice-Presidente de Cuba


HAVANA, 8 de setembro.— O vice-presidente do Conselho de Estado, Esteban Lazo, assinou nesta capital o livro de condolências pela morte do líder do movimento de solidariedade Pastores pela Paz, reverendo Lucius Walker.

Em uma solene e simples cerimônia efetuada na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), o também membro do Bureau Político do Partido lembrou a grande estatura moral do entranhável amigo da Ilha, que morreu terça-feira, 7, em Nova York.

"Conheci Lucius como um grande lutador, como um amigo de Cuba e de Fidel, como o homem que, na prática, expressou o verdadeiro sentido de como romper o bloqueio que os Estados Unidos impõem a Ilha", sublinhou Lazo.

O vice-presidente cubano descreveu o líder religioso norte-americano como um homem muito humano, um verdadeiro lutador pela paz, e sobretudo muito valente e consequente com as ideias justas, em defesa do ser humano.

A chefa do Escritório de Atenção aos Assuntos Religiosos do Comitê Central do Partido, Caridad Diego Bello, expressou que Lucius Walker foi um homem entranhável, solidário, radical no seu pensamento.

Lucius lutou muito pela paz, tão necessária neste momento para o mundo.

Marcaram presença na cerimônia o chefe do Departamento das Relações Internacionais do Comitê Central do Partido, Jorge Martí Martínez; o vice-presidente do ICAP, Enrique Román e outros funcionários do Estado e do Governo, junto ao povo que já fazia fila para assinar o livro.

O livro de condolências estará aberto esta quinta-feira, a partir das 9h00 até o meio-dia, e das14h00 até as 17h00, na sede do ICAP, na rua 17 esquina a I, no bairro do Vedado, município Praça da Revolução. (AIN)

Texto de Miguel Fernández Martínez, do Granma

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Faleceu o Pastor Lucius Walker, Grande Amigo de Cuba

Não queremos pensar num mundo sem Lucius Walker
Aida Calviac Mora

                         Encontro de Lucius com Fidel no dia 26 de Julho/2010

A ironia do golpe que nos abalou a todos; quando a ameaça de guerra nuclear paira sobre as nossas cabeças, um dos homens de paz imprescindíveis foi embora, após 80 anos de verdadeiro exemplo. Morreu Lucius Walter, o reverendo norte-americano que há quase duas décadas travou uma luta irreversível frente à obstinada e cruel política do governo de seu país contra Cuba.

Fidel cumprimenta o líder dos Pastores pela Paz num ato no Memorial José Martí, em 26 de julho de 2010, durante sua última visita a Cuba.

Armado de fé e resistência, aferrado às grandes causas e à justiça social, Lucius chegou a esta Pátria apesar das detenções e dos golpes daqueles que sempre temeram que fosse divulgada a realidade cubana.

Com antecedência, deixou sua marca nos movimentos de libertação na África, durante missões de apoio aos patriotas da Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola... Depois na América Central, em particular em El Salvador e na Nicarágua. Este último destino, segundo narrou múltiplas vezes, inspiraria o surgimento da Fundação Interreligiosa Pastores pela Paz.

"Em 2 de agosto de 1988, minha filha Gail e eu estávamos entre outros 200 civis numa viagem pelo rio Escondido na Nicarágua que foi cruamente atacada pelos contras. Dois nicaraguenses morreram e 49 passageiros foram feridos. Naquela noite, enquanto recebia tratamento por uma ferida de bala, orei a Deus buscando um guia espiritual para achar uma resposta adequada diante de tamanho ato de terrorismo. A inspiração que Deus me deu foi criar os Pastores pela Paz, com o objetivo de levar caravanas de ajuda material às vítimas da agressão norte-americana!

Finalmente esta Ilha conquistou seus esforços. Em 1991, em momentos em que choviam as mentiras sobre a Revolução, as contagens regressivas e os prognósticos apocalípticos, um diálogo em Havana com o reverendo Raúl Suárez, diretor do Centro Martin Luther King, impulsionou a ideia.

                              Lucius enfrentou o FBI para trazer solidariedade a Cuba

Em entrevista concedida ao Granma, no ano seguinte, Walker declarou: "No começo, pensamos que nossa tarefa devia ser enviar caravanas, tal como se fazia na América Central. Mas enquanto mais acompanhávamos a situação, mais percebíamos de que os problemas primários de Cuba não precisavam muito de nós, mas sim de pôr fim ao bloqueio. Percebíamos que Cuba não requeria a mesma ajuda do que outros países, porque tinha a capacidade e a força para se abastecer, apesar do bloqueio. Nossa direção avaliou o caso e decidiu que nossa contribuição seria lutar para terminar com o bloqueio".

Em 1992, a notícia de que um grupo de religiosos percorreu vários estados norte-americanos e reuniu uma flotilha de 45 veículos para enviar medicinas, materiais escolares e alimentos a Cuba, foi considerada pelas autoridades uma afronta, mais do que um "ato de desobediência civil".

A peregrinação por umas 90 cidades atingiria seu momento mais tenso na chegada a Laredo, no Texas, por onde deviam passar até o México as 15 toneladas de ajuda humanitária. O governo exigia uma "licença de exportação"; contudo, o reverendo tinha afirmado durante o percurso que "não vamos pedir permissão a Washington para fazer chegar a carga, porque isso seria reconhecer a legalidade do bloqueio e o direito do estado a intervir na missão da Igreja".

De nada serviram então as advertências intimidatórias nem os "toques no ombro" de mais dum funcionário do Departamento do Tesouro ou da Alfândega.

Os homens e mulheres de Lucius Walker, emulando a determinação de seu líder, se mantiveram firmes em sua decisão de passar tudo e não somente a parte permitida pela legislação norte-americana, além de que a violação do bloqueio poderia acarretar-lhes sanções de até US$250 mil de multa e dez anos de prisão, riscos que decidiram assumir.

Alguns membros da caravana passaram a pé, levando consigo até o lado mexicano aqueles produtos que nos regulamentos não eram considerados ajuda humanitária. Entre eles, uma cadeira de rodas que Lucius, o primeiro a cruzar, transladou com um letreiro que exigia: Let Cuba live. Lift the embargo (Deixem viver a Cuba. Ponham fim ao bloqueio).

Aquela primeira passagem da ponte da fronteira lhe valeu uma detenção de dez horas, mas já a sorte estava decidida.

Em 1993 foi a vez da segunda caravana, e os obstáculos, longe de diminuírem, puseram novamente a prova sua firmeza e sua condição de homem de fé.

Desta vez, os funcionários da alfândega arrestaram um pequeno ônibus amarelo de transporte escolar, sob o insólito pretexto de que poderia ser utilizado para transladar tropas cubanas, e um jejum prolongado foi a resposta de vários dos membros da caravana, apesar de que pelas altas temperaturas de Laredo — acima dos 40 graus —, a greve de fome era ainda mais perigosa. Outra vez Lucius Walker, outra vez a moral e o exemplo. A carta que endereçou ao presidente William Clinton, redigida o décimo terceiro dia de jejum, ficou como constância disso: "nossa resolução de continuar defendendo os direitos dos pobres e necessitados de receberem ajuda religiosa e médica, sem interferências do governo, permanece invariável".

O ônibus amarelo, liberado após 22 dias de greve de fome, se converteu em ícone do espírito combativo do reverendo, que poucos anos depois, em 1996, liderou uma manifestação parecida por mais de 90 dias, para exigir a devolução de 395 computadores que lhes tinham sido arrancados pela força aos membros da caravana.

Lucius foi condecorado com a ordem Carlos J. Finlay pela contribuição daqueles equipamentos na modernização de nosso sistema de saúde; distinção que lhe foi imposta pelo comandante-em-chefe Fidel Castro, quem afirmou naquela oportunidade que "a ética, a moral e a fé não podem ser destruídas".

Ainda, Cuba outorgou ao reverendo a Ordem da Solidariedade, e a Medalha da Amizade a sua organização, como prova de respeito e admiração a seu reiterado apoio à Ilha.

Também, a partir da humanista iniciativa de Fidel de possibilitar que jovens do continente e de outras nações viessem estudar na Escola Latino-Americana de Medicina, mais de 100 jovens dos bairros mais pobres dos Estados Unidos — sob a coordenação de Lucius Walker —, estão estudando medicina em Cuba. Deles já se formaram várias dezenas.

Mais de 20 caravanas chegaram a estas terras com sua carga moral e material, e os Pastores pela Paz — que reflete em boa medida a composição dos estadunidenses —, contribuíram a introduzir dentro da psicologia social de parte da população, a necessidade de lutar contra o bloqueio e duma aproximação construtiva entre ambos os países. No dizer de seu líder: "Qualquer coisa que nós façamos é em primeira instância uma resposta ao amor que Cuba ofereceu ao mundo. Nossa solidariedade está baseada na importância que tem manter seu exemplo. Eu não gostaria de pensar num mundo sem Cuba".

Em agradecimento, os cubanos teríamos que dizer que não queremos pensar num mundo sem Lucius Walker.

Matéria extraída do Granma.

Festa do Avante em Portugal

Socorro Gomes: O militarismo é a essência da política dos EUA


 
Durante a Festa do Avante, nos dias 3, 4 e 5 de setembro, organizada pelo Partido Comunista Português, maior evento político-cultural de Portugal e um dos maiores da Europa, foram realizadas diversos debates sobre temas políticos e culturais. Num desses debates, na noite de sábado, 5 de setembro, em que se discutiu sobre o militarismo, as ameaças de guerra e a luta pela paz, a presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, fez uso da palavra.

A mesa foi coordenada por Manuela Bernardino, do Secretariado do Comitê Central do Partido Comunista Português, e contou com a participação de Rui Namorado Rosa, presidente do Conselho Português para a paz e a Cooperação, Chris Matlalo, responsável pelas relações Internacionais do Partido Comunista da África do Sul, Arun Kumar, do Partido Comunista (marxista) da Índia, Ghassan Saliba, do Partido Comunista Libanês e Yigit Gunay, representando o Partido Comunista da Turquia.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mapuches: Greve de fome que a grande imprensa não vê. Se fossem em Cuba...

Mapuches em greve de fome começam a entrar em estado crítico

Natasha Pitts





Adital - As demandas da população mapuche, no Chile, continuam sem resposta concreta. Por isto, 32 presos políticos desta etnia estão mantendo a greve de fome, que já dura 52 dias. Segundo boletim médico divulgado recentemente, nos próximos dias os indígenas poderão entrar em estado crítico e risco vital. Ontem, três menores de idade mapuche, também presos, aderiram à greve de fome.

Três grevistas já foram levados ao hospital por estarem com a saúde fragilizada, em virtude de ingerirem apenas líquidos. Entre eles, Felipe Huenchullan e Mauricio Huaiquilao, foram levados ao serviço médico com urgência por estarem com a vida em risco. Os mapuche já perderam entre 15 e 18 quilos desde o dia 12 de julho.

"[Os grevistas] já entraram em uma etapa crítica, em que provavelmente vão perder mais tecido muscular e talvez nos próximos dias já se começam a debilitar os órgãos nobres, como fígado, rim e coração", informou María Tralcal, porta-voz das famílias dos grevistas, à Rádio Cooperativa.

Tralcal expressou ainda que as famílias seguem preocupadas com o estado de saúde dos grevistas, mas "também entendem que os irmãos tomaram a decisão e sua postura sempre foi a de chegar até as últimas consequências".

Na tentativa de conseguir a atenção do governo chileno, três menores de idade mapuche, presos no centro especial de Chol Chol, aderiram à greve de fome. Luís Marileo Cariqueo, Cristian Cayupan Morales e Jose Ñiripil Pérez justificaram a adesão esclarecendo que até o momento as respostas do governo foram nulas para todas as demandas mapuche. Os jovens reclamam também o fato de não serem reconhecidos como presos políticos.

Além disso, há ainda a intenção de denunciar as irregularidades cometidas dentro do centro de detenção para menores, que vão desde maus-tratos, até a restrição de visitas e a proibição da entrada de comida saudável como pão, carne e frutas, sendo permitido apenas receberem guloseimas, batatas-fritas e refrigerante.

Diante disto, o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, chamou os presos mapuche a encerrar a greve e anunciou o envio de dois projetos de lei que buscam reformar a lei ‘antiterrorista’. A intenção do ministro foi bem aceita pelo dirigente mapuche José Nain, que afirmou que os mapuche esperam que isto seja feito com a máxima brevidade para que a saúde dos grevistas não seja ainda mais debilitada.

Já a postura do presidente chileno, Sebastián Piñera, foi a recusa de negociações e diálogo com os presos mapuche. Ainda assim, o mandatário se comprometeu em modificar a ‘lei antiterrorista’ e o código de justiça militar. Até este momento, os presos políticos seguem aguardando respostas concretas as suas demandas.

Histórico

A greve teve início no dia 12 de julho, nas prisões de Temuco e Concepción e recebeu a adesão dos presos políticos mapuche de Angol, Valdivia e Lebu. O foco das reivindicações é o fim da chamada ‘lei antiterrorista’, que trata os presos mapuche como ‘inimigos perigosos da sociedade’, inverte a presunção de inocência ao manter os suspeitos detidos mesmo sem provas; acata investigações secretas, aceita ‘testemunhas sem rosto’ e triplica as penas, que podem ir de 60 a 103 anos.

Também reivindicam a desmilitarização de suas comunidades, o fim dos processos duplos na justiça militar e civil e a liberdade para todo preso político mapuche.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Comitê segue denunciando condenações injustas dos Cinco Cubanos



 Já se completam 12 anos que os Cinco Cubanos, Gerardo Hernández, René González, Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González, estão presos nos Estados Unidos, sem direito à receberem visitas de suas famílias. Eles atuavam como antiterroristas, em defesa de Cuba, e foram presos por denunciar atos terroristas contra seu país.

O Comitê pela Liberação dos Cinco Cubanos do País Valenciano divulgou um comunicado ontem (1°) dizendo que é mais um ano que sai às ruas para denunciar as condenações consideradas injustas e exigir a liberação imediata dos chamados "Heróis Cubanos".

A entidade rechaçou ainda a arbitrariedade cometida contra Gerardo Hernández, no último dia 21 de julho, quando ele foi transferido para uma cela de isolamento. Na ocasião, o cubano e seus advogados estavam se preparando para entrar com um recurso de apelação por Habeas Corpus apresentado em junho. Segundo o Comitê, essa é a terceira vez que o detento vai para o isolamento, enquanto prepara um recurso de apelação na justiça.

Os defensores da causa dos presos cubanos acusam o governo estadunidense de obstruir a justiça e de tomar medidas que dificultam os recursos de defesa dos presos. "Nas vésperas de cada decisão importante eles (presos) foram isolados para impedir a comunicação com seus advogados", observam.

"Os Estados Unidos está cometendo contra estes cinco cubanos inocentes uma tremenda injustiça e uma contínua violação de Direitos Humanos, pois tem sobrado evidencias de que o único ato dos Cinco é ter lutado contra o terrorismo", declara o Comitê.

A organização afirma que seguirá trabalhando em prol dos cubanos e em busca da verdade, para que a justiça seja feita. "Cada nova injustiça contra os Cinco Heróis nos estimula e nos obriga a seguir desenvolvendo um conjunto de ações que vão desde a luta midiática até a luta cidadã, pasando por ações jurídicas e a pressão social e política", informa.

O Comitê pela Liberação dos Cinco Cubanos, do País Valenciano, é formado por diversas entidades de amizade com Cuba.



Fonte: Adital

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Grande mídia ignora greve de fome de mapuches chilenos



Ainda hoje a nossa mídia de referência (também conhecida como grande mídia, mídia hegemônica, mídia golpista) ecoa comentários raivosos contra o governo cubano ao abordar a greve de fome realizada por alguns presos da Ilha, soltos recentemente. A conduta desses meios de comunicação em relação à greve de fome dos índios mapuches chilenos, que rola há 53 dias, é bem diferente.

Neste caso, predomina, e não é só no Chile, o silêncio cínico e a cumplicidade com a repressão e a criminalização dos movimentos e das lutas sociais.

O uso de dois pesos e duas medidas pelos meios de comunicação monopolizados por um pequeno grupo de famílias capitalistas não chega a ser novidade. Reflete o pensamento e a prática da direita. Tal mídia tratou como “presos de consciência” indivíduos que foram encarcerados por crimes comuns, conforme esclareceu o governo cubano. Agora, como os presos políticos são índios (sujeitos secularmente à opressão e ao genocídio) em luta contra grandes empresas capitalistas, a preocupação com as liberdades humanas e a democracia desaparece. A situação dos grevistas é dramática.

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