quinta-feira, 31 de maio de 2012

"Solidariedade Brasil-Cuba é avenida larga de mão dupla"




Por Antonio Barreto

A atitude solidária no Brasil encheu-se de júbilo e de alegria com a vitória da Revolução Cubana em 1º de janeiro de 1959. A partir daí, a solidariedade a Cuba no Brasil foi persistente e sempre alerta e muito ativa.

A partir do golpe de 1964 no Brasil, o povo cubano e seu governo, retribuindo a solidariedade brasileira, apoiaram e acolheram os perseguidos pela ditadura militar. Nessa ocasião, os brasileiros lutavam por algo que os irmãos cubanos já haviam conquistado há alguns anos: a liberdade e o poder popular, a democracia em sua forma mais autêntica.

A amizade, a solidariedade e a cooperação entre os povos do Brasil e de Cuba foram, são e serão uma avenida cada vez mais larga e de mão dupla, a solidariedade que vai e a solidariedade que vem.

Com o fim das ditaduras militares na América Latina e no Caribe, começa a fase da luta contra os governos neoliberais e contra a proposta anexacionista da Área de Livre Comércio das Américas, a Alca.

A luta contra a Alca, na qual Cuba teve um papel de vanguarda, unifica os povos de Nossa América, assim como a partir da vitória de Hugo Chávez em 1998, na Venezuela, tem início um novo ciclo político em nosso continente que atinge um ponto alto na recente criação da Celac, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

A Celac faz atual os desígnios de Simon Bolívar e José Martí, entre tantos outros Libertadores, que almejavam a união e a integração solidária da América Latina e do Caribe, bandeira que Cuba sempre carregou, mesmo nos momentos mais difíceis.

Após a vitória da Revolução, e desde aí até hoje, a bandeira da unidade e da integração latino-americana e caribenha esteve presente nos discursos de Fidel e de todo revolucionário cubano. Cuba carregou esta bandeira anti-imperialista e nos ajudou a trazê-la para tremular hoje em nossos céus, anunciando a real possibilidade de um futuro melhor para nossos povos, com liberdade, independência nacional, democracia popular, e desenvolvimento econômico e social.

Nos dias de hoje, os brasileiros solidários a Cuba têm como desafios a luta pela libertação dos 5 heróis cubanos presos injustamente nos Estados Unidos; a luta pelo fim do criminosos bloqueio econômico; e o combate às mentiras midiáticas que tentam difamar as conquistas do Socialismo em Cuba.

A solidariedade do povo brasileiro tem hoje um potencial inédito que precisa ser realizado e florescer. Nossa solidariedade a Cuba e a seu povo precisa transbordar e atingir milhares e depois milhões e milhões de compatriotas.

A partir de um amplo movimento, sem restrição por opção política, ideológica ou confessional, com amplitude política e social, e com a pluralidade necessária, com unidade e convergências pelo método do consenso, é possível fazermos ações cada vez mais populares e massivas. Ações diversas, de variadas formas e com distintos atores, todos juntos irmanados pelo objetivo de atuar para fazer avançar a solidariedade a Cuba.

Nós, entidades de solidariedade a Cuba, movimentos sociais, partidos políticos, intelectuais, artistas, religiosos, enfim todos nós brasileiros e brasileiras solidários a Cuba, temos a possibilidade e a necessidade de avançar ainda mais o nosso trabalho solidário.

Com unidade, respeito e confiança mútua, sem protagonismos ou discriminações, e valorizando e enaltecendo o que já fizemos desde os anos 50 e depois em um processo de 20 convenções nacionais de solidariedade a Cuba, precisamos e podemos avançar ainda mais e fazer ainda mais e melhor uma atividade que é paixão e razão de todos nós: a solidariedade a Cuba!

Viva Cuba!

Viva o socialismo!

Fim do Bloqueio e a imediata libertação dos 5 Heróis!



*Intervenção da ACJM-Bahia/Cebrapaz, no ato de abertura da 20ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

domingo, 27 de maio de 2012

Convenção renova compromisso pela liberdade dos Cinco

Antonio Barreto, Presidente da ACJM-Bahia, discursa ao fim da Convenção

Representantes de 19 organizações de solidariedade com Cuba, de 39 movimentos sociais e partidos políticos, além do grupo parlamentar de amizade Brasil-Cuba, participaram neste sábado (26) da assembleia final da 20ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, no Palácio de Convenções de Salvador, Bahia.

A convenção começou na quinta-feira (24) com um ato político-cultural onde estiveram presentes mais de 600 pessoas, entre elas personalidades do mundo político, social, acadêmico, cultural e esportivo da Bahia. O governador do estado, Jacques Wagner, foi representado pelo seu secretário de assuntos internacionais, Fernando Schimidt. Também estiveram presentes a senadora Lídice da Mata repreentando a Frente Parlamentar de Solidariedade a Cuba, a presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, deputados federais, estaduais, vereadores e numerosos dirigentes de partidos progressistas, sindicatos e movimento social organizado.

A luta pelos Cinco

Precedida de convenções em 22 estados da Federação, a convenção nacional contou com a realização durante dois dias de grupos de discussão e plenárias, onde os delegados debateram e traçaram planos para intensificar o movimento de solidariedade à Ilha socialista. Um dos mais concorridos grupos de discussão teve como tema central os “instrumentos e formas de luta pela libertação dos cinco patriotas antiterroristas cubanos injustamente presos nos Estados Unidos, onde estão pagando pesadas penas. Os convencionais chegaram à conclusão de que se trata de um caso eminentemente político, principalmente porque as tentativas jurídicas para libertar os Cinco estão esgotadas. Em nome deles, a esposa de Ramon Labañino, Elisabete Palmeira, leu uma mensagem na plenária final em que declaram desde os cárceres dos Estados Unidos, que “mais do que nunca a solução do nosso caso está nas mãos e corações de vocês”. A conclusão a que os Cinco chegaram depois de feitos todos os recursos jurídicos, é de que a sua libertação depende da luta solidária internacional. “Só confiamos em vocês e no nosso povo”, assinalam.

Kenia Serrano do ICAP fala aos delegados

Rompendo o bloqueio

O segundo grupo analisou a luta contra o bloqueio promovido pelo imperialismo norte-americano, chegando à conclusão fundamental de que é preciso esclarecer a opinião pública brasileira sobre o significado criminoso desse bloqueio. Ao mesmo tempo, os convencionais recomendam a realização de intercâmbios nos setores econômico, político, cultural, esportivo, e tecnológico entre o Brasil e Cuba. O terrorismo midiático O terceiro grupo debateu sobre o terrorismo midiático contra Cuba. Foi unânime a opinião de que é preciso mobilizar amplas forças para desmascarar a campanha de mentiras que a mídia a serviço do império move contra o país. Os convencionais recomendaram que todos os movimentos de solidariedade a Cuba criem blogues e estimulem a leitura do blog Cuba Viva, o portal de Cuba no Brasil. Um quarto grupo também se reuniu durante a convenção, debatendo sobre o movimento das brigadas de solidariedade e a luta pelo reconhecimento do diploma dos estudantes brasileiros formados em Cuba, na Escola Latino-americana de Medicina (Elam).



 
Plenária final



Plenária se manifesta em favor de Cuba

 
A plenária final foi saudada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), presidente da Frente Parlamentar Brasileira de Amizade com Cuba; Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz e Kenia Serrano, presidenta do Instituto Cubano de Amizade aos Povos (Icap). Vanessa pediu um aplauso à Bahia pela organização da 20ª Convenção. “O movimento de solidariedade tem um caráter internacionalista, ao mesmo tempo que nos solidarizamos com Cuba, lutamos pela construção de sociedades solidárias e por um mundo mais solidário”, disse a senadora, que também analisou o grave momento que a humanidade atravessa com o aprofundamento da crise do capitalismo. Vanessa comparou os anos 1990 e o começo do século 20, quando o capitalismo sentia-se triunfante e os movimentos progressistas estavam em defensiva, com o momento atual. “Agora, o capitalismo é que se encontra na defensiva e os povos em ofensiva”, afirmou. Concluiu enaltecendo o papel que Cuba desempenha no mundo e reafirmou a luta dos parlamentares amigos de Cuba, que são mais de duzentos, contra o bloqueio e pela libertação dos Cinco. A senadora amazonense aproveitou a oportunidade para anunciar que está organizando uma comitiva com dezenas de pessoas para participar do Fórum de São Paulo, na primeira semana de julho na Venezuela, como expressão da solidariedade do povo brasileiro com o presidente Hugo Chávez. Ela destacou a importância de reeleger o líder da Revolução Bolivariana em 7 de outubro próximo.

Por sua vez, Socorro Gomes declarou que todos os convencionais saem da Bahia “com o espírito mais fortalecido, mais irmanados e enobrecidos por termos participado desta 20ª Convenção e termos exercido nosso direito e dever de hipotecar nossa solidariedade a Cuba e travar o bom combate contra o bloqueio, pela libertação dos Cinco, pela soberania, a integração da América Latina e o socialismo”. A 20ª Convenção foi encerrada por Kenia Serrano, presidenta do Icap, a entidade para a qual converge a atividade de 2116 associações de amizade e solidariedade com Cuba em 152 países. Vibrante, emotiva, cheia do vigor e energia da juventude rebelde e combatente educada por Fidel, Raúl e Che nas ideias revolucionárias de José Martí e do marxismo-leninismo, Kenia agradeceu em nome do povo cubano o carinho e o entusiasmo do povo baiano e brasileiro. E fez uma espécie de juramento. “As palavras de vocês são para nós, cubanos, uma motivação para não falharmos. Tenham certeza de que não falharemos”. A dirigente considerou que há pontos comuns entre as lutas dos povos cubano e brasileiro. “A luta pelo melhoramento humano, a justiça social e o socialismo é a mesma em Cuba e no Brasil”. Sobre a batalha pela libertação dos Cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos, Kenia sintetizou tudo em uma só palavra: “Urgência”. “É urgente realizar ações efetivas que resultem na urgente libertação dos Cinco”, arrematou. E sem ilusões de que algo será fácil, enfatizou: “Nada conseguiremos sem luta”. A dirigente do Icap defendeu o processo de mudanças revolucionárias em curso na Ilha para aperfeiçoar e fortalecer o socialismo e desmentiu que em Cuba haja contradições e luta entre a geração que fez a revolução em Sierra Maestra e combateu em Girón e a geração atual. Citando um dos maiores expoentes da literatura cubana, Alejo Carpentier, disse: “As gerações não se medem pelas idades, mas pelos livros que leram”. “Nós, da geração atual, lemos os mesmos livros que leram os nossos dirigentes”, concluiu Kenia.

Carta de Salvador

A plenária aprovou por aclamação a “Carta de Salvador de todos os povos e lutas”, a declaração da 20ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba”, lida por Antonio Barreto, o Barretinho, presidente da Associação Cultural José Martí da Bahia e do núcleo estadual do Cebrapaz. Barretinho foi homenageado pela incansável atividade política e organizativa que realizou para garantir a realização da 20ª Convenção. “Celebramos neste histórico encontro o compromisso solidário e incondicional ao povo cubano e sua revolução”, diz a carta. O documento aprovado assinala que ao longo de mais de cinco décadas “o povo cubano tem sido exemplo de vida e heroísmo para os povos ao redor do mundo”, destacando que a revolução herdou um país pobre, socialmente injusto, ferido por uma ditadura apoiada pelos Estados Unidos. Mas, dizem os convencionais da solidariedade, “em poucos anos o povo cubano, liderado por Fidel Castro, transformou Cuba em uma nação livre, soberana, socialmente desenvolvida, com índices de alfabetização, expectativa de vida, mortalidade infantil e nível cultural comparáveis aos dos países mais desenvolvidos” A Carta de Salvador registra o papel positivo da Alba e da Celac e enaltece as boas relações de Cuba com o Brasil, a Unasul e o Mercosul. Os convencionais repudiam as ações de terrorismo de Estado perpetradas pelo imperialismo estadunidense contra Cuba, condena a campanha midiática e o bloqueio e manifesta o compromisso de com a luta pela libertação dos Cinco antiterroristas cubanos. “Exigimos a sua imediata liberdade. Comprometemo-nos a difundir por todos os meios que tenhamos a causa dos cinco e nosso somamos ao conjunto das ações organizadas internacionalmente por sua libertação. A plenária decidiu que a 21’ª Convenção será realizada em 2013 na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. A 20ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba terminou com uma apoteose na Praça Tereza Batista, no Pelourinho - um show de dança cubana e de forró baiano.


Extraído de texto de José Reinaldo Carvalho, editor do Portal Vermelho, de Salvador, Bahia

Convenção de solidariedade a Cuba debate integração da AL

A necessária integração latino-americana e caribenha foi destaque nos debates da 20ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, realizada em Salvador, Bahia, entre a quinta-feira e o sábado (26).

A união da região foi abordada pelos embaixadores de Cuba e da Venezuela no Brasil, Carlos Zamora, e Maximilien Sánchez respectivamente, a vice-coordenadora do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, senadora Lídice da Mata, e a presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes. Eles participaram da mesa redonda A integracón latino-americana e caribenha, a amizade entre esses povos e sua importância para o desenvolvimento econômico e o avanço da Revolução socialista em Cuba. O diplomata cubano ressaltou que a ideia da integração regional vem do pensamento latino-americanista de grandes lutadores pela independência, como o Libertador Simon Bolívar e o Herói Nacional cubano, José Martí, contra o panamericanismo dos Estados Unidos. Esse pensamento, destacou, cristalizou-se na criação da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em Caracas, Venezuela, em dezembro de 2011.

Segundo ele, o que se requer é desmontar de uma vez para sempre todos os mecanismos de dominação imperial que compõem hoje o sistema interamericano. Por sua parte, Sánchez ressaltou que as novas concepções do que é a integração estão refletidas no convênio firmado entre a Venezuela e Cuba para a realização de programas conjuntos em benefício dos dois países. Igualmente, con a destruição da Área de Livre Comércio das Américas, que Washington pretendia impor às nações latino-americanas e caribenhas e sua substituição pela Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América, com seus programas não só econômicos mas também sociais em favor dos estados membros. Como exemplos, mencionou entre outros, os programas Operação Milagre, as campanhas de alfabetização e a formação profissional de jovens dessas nações, principalmente como médicos.

A senadora Lídice da Matta disse que o Brasil tem dado sua contribuição à integração econômica e ao fortalecimento das relações com Cuba. Para ela, isso ajuda a quebrar o bloqueio dos Estados Unidos à Ilha, o que pode ser feito também pela solidariedade e a cooperação econômica que os países da região podem oferecer a Cuba. "Essa solidariedade econômica e a força das mudanças no mundo, com o Brasil assumindo um destaque maior dá ao país a condição de reivindicar a ruptura do bloqueio e colocar-se ao lado de Cuba em intensificar cada dia mais a colaboração nesse terreno", sublinhou.

Por sua parte, Socorro Gomes, asseverou que a integração da região deve ser mais que econômica, solidária, onde a cultura também participe na unidade de nossa região. Socorro destacou que a Celac deu passos fundamentais, primeiro demonstrando que a Organização dos Estados Americanos não corresponde aos interesses latino-americanos e portanto tem que desaparecer. Ela assinalou igualmente que a Cúpula das Américas fracassará se os Estados Unidos e Canadá persistirem na tentativa de impedir a participação de Cuba, porque os demais países exigem a presença da Ilha caribenha nesse concerto de nações. Isso demonstra que os países desta região estão construindo a integração solidária e soberana e – sustentou - seguiremos avançando neste caminho.

Fonte: Prensa Latina

sábado, 26 de maio de 2012

Convenção de solidariedade a Cuba condena mídia golpista


Um concorrido debate teve lugar na tarde desta sexta-feira (25) sobre a campanha midiática internacional contra Cuba, durante a 20a. Convenção Nacional de Solidariedade, em Salvador –Bahia.

O jornalista José Reinaldo Carvalho, editor do Portal Vermelho, disse que a mídia ligada ao imperialismo e aos grandes grupos monopolistas sempre coadjuvou as agressões e o bloqueio contra Cuba. Ele recordou a criação da Rádio Martí em 1985 e da TV Martí, em 1990 como exemplo de instrumentos que o governo dos Estados Unidos criou para difamar a revolução, fazer propaganda contrarrevolucionária, distorcer e mentir.

Destacou que os meios de comunicação transmitem uma visão deformada sobre Cuba, como se ali reinasse o caos. Denunciou que a mídia transforma delinqüentes em heróis, financiando e concedendo prêmios internacionais a blogueiros, falsos jornalistas e organizações subversivas.

O editor do Vermelho disse ainda que o imperialismo estadunidense estendeu o bloqueio a Cuba à área da Internet, dificultando o acesso do país à banda larga.

Concluiu afirmando que é urgente contrapor-se à ofensiva midiática, ao terrorismo midiático, conclamando os presentes a compartilharem as resoluções da Brigada Mundial contra o Terrorismo Midiático realizada em novembro do ano passado em Cuba.

O jornalista Beto Almeida, diretor da Telesul no Brasil, denunciou que a mídia silencia sobre os êxitos da revolução cubana nas áreas de educação e saúde e sobre as ações de solidariedade que a Ilha desenvolve em diversos países. Ele lembrou o papel solidário de Cuba no Haiti. Sobre o papel da Telesul, disse que a emissora faz o jornalismo da integração e fez um apelo à 20ª. Convenção de Solidariedade a se somar aos esforços para que o governo brasileiro faça valer o convênio para assegurar a transmissão da programação da Telesul no Brasil.

Rosane Bertoti, coordenadora da Frente Nacional pela Democratização da Comunicação e diretora de imprensa da Central Única dos Trabalhadores (CUT), reafirmou o engajamento das duas entidades no movimento de solidariedade a Cuba e na luta contra o cerco midiático exercido contra o país.

O historiador Muniz Ferreira fez uma análise sobre a atual ordem informativa mundial, ressaltando como traços principais a monopolização, o entrelaçamento desses monopólios com os demais monopólios capitalistas, o conservadorismo, a constituição do pensamento único, o revisionismo histórico, o caráter desinformador da mídia e a cooptação de jornalistas.

Zuleide Faria de Mello, presidente da Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro, recorreu ao pensamento marxista para ressaltar como a mídia toma o lado dos poderosos e está engajada no projeto de destruir Cuba.

A sessão foi encerrada com a intervenção do conselheiro político da Embaixada de Cuba no Brasil, Rafael Hidalgo, que discorreu sobre o momento atual, que considerou como fundamental para o processo revolucionário cubano. Ele ressaltou que Cuba faz um esforço sereno, firme, com clareza, para consolidar um processo revolucionário, socialista que mostra que o socialismo pode ser eficaz e insuperavelmente democrático.

Hidalgo disse que desde 1959 a estratégia dos Estados Unidos é inalterada: destruir a revolução cubana, e que hoje o imperialismo norte-americano encontra-se empenhado em impedir que em Cuba se consolide uma alternativa de desenvolvimento socialista

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Da Redação do Vermelho, de Salvador Bahia







terça-feira, 1 de maio de 2012

1º de Maio em Cuba

Trabalhadores desfilam em Cuba a favor do socialismo



Centenas de milhares de operários, empregados e estudantes desfilaram neste 1º de maio em Havana com as cores da bandeira cubana devido ao Dia Internacional dos Trabalhadores, tendo o socialismo como norte. Uma enorme faixa com a palavra de ordem "Preservar e aperfeiçoar o socialismo" liderou a marcha popular na esplanada da Praça da Revolução José Martí, da qual participaram o presidente Raúl Castro e dirigentes operários, do Partido Comunista, do Estado, do governo e de organizações políticas e sociais.

O desfile iniciado às 7h29 (8h29 de Brasília) foi liderado por um bloco de trabalhadores da saúde em Havana, setor emblemático da cooperação internacional cubana, presente atualmente em 66 países. Vários participantes portavam as bandeiras das nações nas quais trabalham brigadas médicas cubanas, representadas em todos os continentes. Bandeiras cubanas gigantes, cartazes referentes à celebração e as cores azul, vermelho e branco são os principais símbolos da manifestação, realizada simultaneamente em outras cidades do país. Agrupados em 23 blocos, membros dos sindicatos, muitos deles com símbolos de seus ramos respectivos (como bonecas vestidas de enfermeiras, táxis, computadores, bicos e pás)marcharam diante do monumento ao Herói Nacional cubano José Martí.

Os manifestantes levavam fotografias do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, e de revolucionários mundiais como Karl Marx e Vladímir Ilitch Lênin. Foram predominantes os cartazes com as imagens dos Cinco Patriotas antiterroristas Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González, presos há mais de 13 anos nos Estados Unidos, bem como a exigência de sua liberdade e de seu imediato regresso ao país. Por quase uma hora e meia, os participantes gritaram palavras de ordem em apoio à Revolução, ao socialismo e à liderança de Fidel Castro e Raúl Castro. Cerca de 1.900 dirigentes sindicais de 209 organizações de 117 países presentes nos festejos estavam posicionados na tribuna, assistindo ao desfile de centenas de milhares de havanenses representando toda a população cubana.

Fonte: Prensa Latina