sábado, 20 de fevereiro de 2010

PARTICIPAÇÃO DA ACJM - BAHIA E CEBRAPAZ NO FSMT


Palestra no Espaço Marx












A ACJM - Bahia e o Núcleo do Cebrapaz-Ba tiveram uma atuação destacada no Forum Social Mundial Temático da Bahia.



Os membros das duas Associações estiveram envolvidos nas atividades previamente definidas nas reuniões preparatórias. As entidades destacaram-se também no campo da propaganda de nossas causas, tendo seu ponto culminante na Marcha de Encerramento que teve início na Praia de Ondina e percorreu a Avenida Atlântica até o Farol da Barra. A destacada ala internacionalista da Marcha agregou muitos outros companheiros e companheiras de outros movimentos sociais que a todo momento se solidarizavam com nossos objetivos.



A solidariedade a Cuba e ao Haiti, a defesa da libertação dos Cinco Heróis e da autodeterminação dos povos marcaram nossa partcipação em várias atividades do Fórum, durante as quais foram distribuídos 300 exemplares do livreto "Cinco Heróis, Bloqueio/Guatánamo" editado pela ACJM - Bahia.




Espaço Marx


Listamos abaixo as principais atividades em que a ACJM - Bahia e o CEBRAPAZ tiveram importante presença:

1. Espaço Marx do FSMT - Organização: Fundações Maurício Grabois, Lauro Campos e Dinarco Reis.
Pela primeira vez em 10 anos do FSM, debateu-se o pensamento marxista de forma explícita e organizada, no auditório do Sindicato dos Bancários da Bahia, que despertou o interesse de muitos delegados e partipantes, chegando a ficar superlotado em alguns debates.
Temas dos debates: A estratégia para a revolução no Brasil, Marxismo no Brasil,Crise do Capitalismo e Balanço e expactativas das experiências socialistas do Século XX. Nessa última mesa tivemos a participação do intelectual cubano Miguel Hernandez que compartilhou a mesa com o sociólogo José Luiz Del Roio, o dirigente nacional do PCdoB Ricardo Abreu e Valério Arcary, dirigente do PSTU.


2. Ato de Abertura do FSMT

3. "Sul - Sul como Alternativa" - debate que ocorreu no Salão Atlântico do Hotel da Bahia

4. "Governança e Paz Mundial" - Hotel Sol Barra - com Socorro Gomes (Brasil) Carlos Lopes, Immanuel Wallerstein (EUA), Samuel Pinheiro Guimarães (Brasil) e Jorge Beinstein (Argentina)

5. "A esquerda hoje e as contribuiçõs dos pensadores da América Latina e África

6. Ato de Solidariedade a Cuba e ao povo haitiano - Espaço da juventude, no passeio público, local que foi "tomado" por faixas e painéis da ACJM-Bahia e Cebrapaz.

7. Marcha de Encerramento com a organização da Ala Internacionalista.






Espaço da Juventude

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

ACJM E CEBRAPAZ NO FORUM SOCIAL


FAIXAS NO PASSEIO PÚBLICO, LOCAL DO CENTRO DE SALVADOR QUE DURANTE O FORUM SOCIAL FOI DENOMINADO DE ESPAÇO DA JUVENTUDE E POR ONDE TRANSITARAM DIARIAMENTE MILHARES DE PESSOAS.


ESPAÇO DA JUVENTUDE: ACJM e CEBRAPAZ PEDEM LIBERDADE PARA OS 5 HERÓIS





ESPAÇO DA JUVENTUDE: FAIXAS PELO FIM DAS BASES AMERICANAS NO MUNDO





ESPAÇO DA JUVENTUDE: SOLIDARIEDADE A CUBA

ACJM E CEBRAPAZ NO FORUM SOCIAL


A ACJM E O CEBRAPAZ ESTIVERAM PRESENTES À MARCHA DE ENCERRAMENTO DO FORUM SOCIAL MUNDIAL TEMÁTICO QUE PERCORREU AS PRINCIPAIS RUAS DE SALVADOR.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Médica cubana atende criança no Haiti.

Médicos de Cuba no Haiti: a solidariedade silenciada pela mídia



Por José Manzaneda*, em Adital


A ajuda de Cuba ao povo haitiano não começou por ocasião do terremoto. Cuba atua no Haiti desde 1998 desenvolvendo um Plano Integral de Saúde(1), através do qual já passaram mais de 6.000 cooperantes cubanos da saúde.

Horas depois da catástrofe, no dia 13 de janeiro, somavam-se à brigada cubana 60 especialistas em catástrofes, componentes do Contingente "Henry Reeve", que voaram de Cuba com medicamentos, soro, plasma e alimentos(2).

Os médicos cubanos transformaram o local onde viviam em hospital de campanha, atendendo a milhares de pessoas por dia e realizando centenas de operações cirúrgicas em 5 pontos assistenciais de Porto Príncipe. Além disso, ao redor de 400 jovens do Haiti formados como médicos em Cuba se uniam como reforço à brigada cubana(3).

Os grandes meios silenciaram tudo isso. O diário El País, em 15 de janeiro, publicava uma infografia sobre a "Ajuda financeira e equipamentos de assistência", na qual Cuba nem sequer aparecia dentre os 23 Estados que havia colaborado(4). A cadeia estadunidense Fox News chegava a afirmar que Cuba é dos poucos países vizinhos do Caribe que não prestaram ajuda.

Vozes críticas dos próprios Estados Unidos denunciaram esse tratamento informativo, apesar de que sempre em limitados espaços de difusão.Sarah Stevens, diretora do Center for Democracy in the Americas(5) dizia no blog The Huffington Post: Se Cuba está disposta a cooperar com os EUA deixando seu espaço aéreo liberado, não deveríamos cooperar com Cuba em iniciativas terrestres que atingem a ambas nações e os interesses comuns de ajudar ao povo haitiano?(6)

Laurence Korb, ex-subsecretário de Defesa e agora vinculado ao Center for American Progress(7), pedia ao governo de Obama "aproveitar a experiência de um vizinho como Cuba" que "tem alguns dos melhores corpos médicos do mundo" e com quem "temos muito o que aprender"(8).

Gary Maybarduk, ex-funcionário do Departamento de Estado propôs entregar às brigadas médicas equipamento duradouro médico com o uso de helicópteros militares dos EUA, para que possam deslocar-se para localidades pouco accessíveis do Haiti(9).

E Steve Clemons, da New America Foudation(10) e editor do blog político The Washington Note(11), afirmava que a colaboração médica entre Cuba e EUA no Haiti poderia gerar a confiança necessária para romper, inclusive, o estancamento que existe nas relações entre Estados Unidos e Cuba durante décadas(12).

Porém, a informação sobre o terremoto do Haiti, procedente de grandes agências de imprensa e de corporações midiáticas situadas nas grandes potências, parece mais a uma campanha de propaganda sobre os donativos dos países e cidadãos mais ricos do mundo.

Apesar de que a vulnerabilidade diante da catástrofe por causa da miséria é repetida uma e outra vez pelos grandes meios, nenhum quis se debruçar para analisar o papel das economias da Europa ou dos EUA no empobrecimento do Haiti.

O drama desse país está demonstrando uma vez mais a verdadeira natureza dos grandes meios de comunicação: ser o gabinete de imagem dos poderosos do mundo, convertidos em doadores salvadores do povo haitiano quando foram e são, sem paliativos, seus verdadeiros verdugos.

Quadro Informativo 1. Dados da cooperação de Cuba com o Haiti desde 1998:

- Desde dezembro de 1998, Cuba oferece cooperação médica ao povo haitiano através do Programa Integral de Saúde;

- Até hoje trabalharam no setor saúde no Haiti 6.094 colaboradores que realizaram mais de 14 milhões de consultas médicas, mais de 225.000 cirurgias, atendido a mais de 100.000 partos e salvado mais de 230.000 vidas

- Em 2004, após a passagem da tormenta tropical Jeanne pela cidade de Gonaives, Cuba ofereceu sua ajuda com uma brigada de 64 médicos e 12 toneladas de medicamentos.

- 5 Centros de Diagnóstico Integral, construídos por Cuba e pela Venezuela, prestavam serviços ao povo haitiano antes do terremoto.

- Desde 2004 é realizada a Operação Milagre no Haiti e até 31 de dezembro de 2009 haviam sido operados um total de 47.273 haitianos.

- Atualmente, estudam em Cuba um total de 660 jovens haitianos; destes, 541 serão diplomados como médicos.

- Em Cuba já foram formados 917 profissionais, dos quais 570 como médicos. Cuba coopera com o Haiti em setores tais como a agricultura, a energia, a pesca, em comunicações, além de saúde e educação.

- Como resultado da cooperação de Cuba na esfera da educação, foram alfabetizados 160.030 haitianos.

Quadro 2. Dados das atuações do Contingente Internacional de Médicos Cubanos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias, Brigada "Henry Reeve", anteriores à cooperação no Haiti:

- Desde sua constituição, a Brigada Henry Reeve cumpriu missões em 7 países, com a presença de 4.156 colaboradores, dos quais 2.840 são médicos.

- Guatemala (Furacão Stan): 8 de outubro de 2005, 687 colaboradores; destes 600 médicos.

- Paquistão (Terremoto): 14 de outubro de 2005, 2 564 colaboradores; destes 1 463 médicos.

- Bolívia (inundações): 3 de fevereiro de 2006-22 de maio, 602 colaboradores; destes, 601 médicos.

- Indonésia (Terremoto): 16 de maio 2006, 135 colaboradores; destes, 78 médicos.

- Peru (Terremoto): 15 de agosto 2007-25 de março 2008, 79 colaboradores; destes, 41 médicos.

- México (inundações): 6 de novembro de 2007 - 26 de dezembro, 54 colaboradores; destes, 39 médicos.

- China (terremoto): 23 de maio 2008-9 de junho, 35 colaboradores; destes, 18 médicos.

- Foram salvas 4 619 pessoas.

- Foram atendidos em consultas médicas 3.083.158 pacientes.

- Operaram (cirurgia) a 18 898 pacientes.

- Foram instalados 36 hospitales de campanha completamente equipados, que foram doados por Cuba (32 ao Paquistão, 2 a Indonésia e 2 a Peru).

- Foram beneficiados com próteses de membros em Cuba 30 pacientes atingidos pelo terremoto do paquistão.

Notas:

(1) http://cubacoop.com
2)http://www.prensalatina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=153705&Itemid=1
(3) http://www.ain.cu/2010/enero/19cv-cuba-haiti-terremoto.htm
(4) http://www.pascualserrano.net/noticias/el-pais-oculta-344-sanitarios-cubanos-en-haiti
(5) http://democracyinamericas.org
(6)http://www.huffingtonpost.com/sarah-stephens/to-increase-help-for-hait_b_425224.html
(7) http://www.americanprogress.org/
(8)http://www.csmonitor.com/USA/Military/2010/0114/Marines-to-aid-Haitian-earthquake-relief.-But-who-s-in-command
(9)http://www.washingtonpost.com/wpdyn/content/article/2010/01/14/AR2010011404417_2.html
(10) http://www.newamerica.net/
(11) http://www.thewashingtonnote.com/
(12) http://www.thewashingtonnote.com/archives/2010/01/american_diplom/

*Coordenador do Cubainformación

Fonte: Adital (Esse texto, traduzido por Adital, é o roteiro do seguinte vídeo, em espanhol: http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&task=view&id=13417&Itemid=86)

sábado, 6 de fevereiro de 2010





Médicos estadunidenses prestam serviços em hospitais cubanos

Elas são sete médicas formadas na Escola Latino-Americana de Medicina de Havana


PORTO PRÍNCIPE, Haiti — Sete médicas muito jovens acabam de chegar ao hospital de campanha de Croaix des Buquet. Vieram dos Estados Unidos e desejam “ajudar, junto aos irmãos cubanos, o sofrido povo haitiano”. Afirmaram que estão tentando revalidar seus diplomas de medicina, mas tinham a necessidade de vir aqui. Por enquanto, elas suspenderam os estudos para estar aqui. Por isso, desde já começaram a atender aos pacientes haitianos.


As médicas graduadas na ELAM chegaram ao hospital de campanha para ajudar, junto aos cubanos, o povo haitiano.
Elsie Walter falou em nome de todas elas, que explicou que são graduadas da Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba. Cinco delas são de Nova Iorque e duas, da Califórnia. Foram convocadas pelo reverendo Lucius Walker e não hesitaram em aceitar. “Muitos queriam vir, mas devido às responsabilidades que lá temos, apenas pudemos vir sete. Outros vão-se incorporar depois, porque sabemos que a Brigada Médica cubana vai ficar aqui por muito tempo”.

Este primeiro grupo trabalhará por um mês no hospital dos cubanos, que até esse dia havia atendido a 3.590 pacientes. Estas médicas norte-americanas vão compartilhar com os cubanos a vida dentro de um hospital de campanha. O diretor do centro, o ortopedista William Álvarez, explicou que a ideia é inseri-las nas atividades do hospital, tanto nas visitas a domicílio, quanto nas consultas, mas tudo isso se fará de maneira gradual. A maior preocupação das médicas é que não sabem o crioulo, por isso os estudantes haitianos formados em Cuba e que agora estão no Haiti vão ajudá-las a se comunicarem nessa língua.


No hospital onde estas médicas vão trabalhar, foram atendidos 3.590 pacientes.
O médico salientou que as jovens formadas na ELAM foram com provimento de água e alimentos, mas, assim que chegaram, colocaram-no à disposição das reservas do hospital. Além disso, levaram mochilas carregadas de medicamentos que também doaram. “Inseriram-se muito bem no grupo de cubanos”, disse. “Com certeza, elas serão um grande apoio e também um desafio: somos responsáveis pela sua preparação e estão num cenário que nunca antes viram. Nunca se defrontaram, por exemplo, com doenças como a de Chagas ou a leishmanionse”.

Elsie comentou que elas vieram para compartilhar tudo, pois assim o aprenderam na ELAM. Por isso não veem dificuldade em dormir em barracas e trabalhar a qualquer hora. “A experiência é maravilhosa, vocês nos tratam muito bem, com muita hospitalidade. Para nós, é um privilégio estarmos aqui; graças a Cuba por nos ter aberto as portas, como sempre”.

Elsie assinalou que ela e suas colegas estão fazendo exames para revalidar seus diplomas de medicina e que, apesar de ser diferente a maneira de avaliar no seu país, estão muito bem preparadas para aprovarem. Assim falam estas jovens formadas em Cuba, que se juntam aos nossos médicos para continuar salvando vidas no Haiti. Hoje, quando comecem as consultas no hospital de campanha de Croaix des Buquet, os pacientes vão ver com novos rostos. Contudo, o atendimento será o mesmo.