sábado, 31 de julho de 2010

Geraldo, um dos 5 heróis presos injustamente nos EUA, está doente e em cela de castigo

O presidente do Parlamento de Cuba, Ricardo Alarcón, denunciou hoje que um dos cinco cubanos presos injustmaente nos Estados Unidos por lutar contra o terrorismo contra Cuba está em uma "cela de castigo", apesar de estar doente.

Gerardo Hernández, que está detido há 12 anos, como os outros quatro acusados, "está outra vez nesta cela desde 21 de julho", declarou Alarcón, que qualificou a medida como "muito grave".

"Encontra-se em uma cela muito pequena, de dois metros por um, que compartilha com outro prisioneiro e onde há apenas ventilação, porque respiram por um pequeno orifício no alto de uma parede", explicou.

Em 20 de julho Hernández foi examinado por causa de umas dores físicas e "o diagnosticaram com problemas que requerem tratamento. Aparentemente um problema com uma bactéria que está circulando entre a população carcerária, tendo inclusive casos muito graves", denunciou o parlamentar.

O titular do Congresso cubano disse que "desconhecemos se esta é a condição de Gerardo, já que não fizeram nenhuma análise, apesar de terem conduzido-o à cela menor no dia seguinte após ser atendido". As autoridades cubanas pediram explicações aos norte-americanos sobre seu transporte de cela, disse.

Hernández foi detido em 1998 na Flórida com Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando Gonzalez e Ree Gonzáles. O grupo foi condenado em 2001 à prisão perpétua sob falsas acusações de espionagem , quando apenas reuniam provas entregues ao próprio governo americano, de que cubanos, exilados em Miami eram responsáveis por terrorismo em Cuba a exemplo da colocação de bombas em hotéis de Havana  que  feriram muitos e mataram o turista italiano Fabio di Celmo.

Em Cuba, os cinco são considerados "heróis" da luta conta o "terrorismo". O governo do país pede há anos na Justiça dos Estados Unidos que libertem os homens. No ano passado, a pena de Guerrero foi reduzida para 21 anos e 10 meses, e a de Labañino a 30 anos.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cuba Celebra Revolução em Dia Nacional de Rebeldia

Cuba celebra revolução em Dia Nacional de Rebeldia

Os cubanos comemoram, nesta segunda (26), o 57º aniversário do assalto ao Quartel Moncada. A data, maior festa da Revolução, é conhecida como o Dia da Rebeldia Cubana. O presidente Raúl Castro comandou ato na Praça Ernesto Che Guevara, em Santa Clara, onde repousam os restos do guerrilheiro argentino. Fidel, contudo, não esteve presente. Ele participou, no sábado (24), de uma cerimônia em memória dos ex-combatentes da revolução.

26 de julho de 2010: Dia Nacional da Rebeldia Cubana Povo de Cuba celebra a revolução

No ato desta manhã. Raúl foi aclamado pela multidão que, com gritos e palavras de ordem, expressou seu compromisso com e revolução, o socialismo e com o líder histórico Fidel Castro.

A direção do Partido Comunista dedica este 26 de julho ao libertador Simón Bolívar e ao Bicentenário das Independências na América Latina. A tomada do quartel por um grupo de jovens sob a liderança de Fidel Castro, em 1953, iniciou a luta contra ditadura de Fulgêncio Batista, que terminou com o triunfo revolucionário do dia 1º de janeiro de 1959.

Na ocasião, muitos guerrilheiros morreram e Fidel foi preso, julgado e condenado a 15 anos de prisão. Por ser advogado, ele se pronunciou em auto defesa diante do tribunal e, após 22 meses de prisão, foi libertado com a anistia geral de 1955.

Compareceram aos atos comemorativos os combatentes da revolução que participaram do histórico 26 de julho, expedicionários do Granma, habitantes da região, e outros lutadores cubanos. Também estiveram presentes membros do Comitê Político do Partido Comunista, dirigentes do Governo e das organizações de massas, das Forças Amadas Revolucionárias e do Ministério do Interior, bem como uma ampla delegação da Venezuela.

Conquistas da Revolução

Em festejos prévios, no sábado, Raúl Castro listou as principais conquistas da revolução. "Cinqüenta e cinco anos é um período curto na vida de um povo, mas o suficiente para confirmar que o 26 de julho marcou o início de uma nova era na história de Cuba", disse o presidente.


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Prefeitura de Nova York demite professor que viajou a Cuba com alunos

A Prefeitura de Nova York decidiu expulsar do sistema público de ensino da cidade um professor de um instituto de Manhattan que organizou uma viagem a Cuba em 2007 com seus alunos, em desobediência à vetusta proibição que o país mantém contra seus cidadãos, proibidos de visitarem a Ilha.

A agência municipal que supervisiona as escolas de Nova York decidiu, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (21), que Nathan Turner, um professor de história que lecionava no instituto de ensino médio Beacon, no bairro do Upper West Side, nunca mais poderá trabalhar como professor na cidade.

A prefeitura local afirma alega que Turner teria sido o único responsável por fazer com que alguns alunos desse instituto nova-iorquino quebrassem as leis federais que proíbem todos os cidadãos americanos de viajarem à ilha caribenha a partir do território americano.

As autoridades municipais retiram qualquer responsabilidade da direção da escola e acusam Turner pela viagem, ao mesmo tempo que açodadamente descrevem o professor como um "comunista que tinha de ver Fidel Castro mais uma vez antes que morresse".

Turner, que reuniu 30 estudantes e administrou a viagem mediante uma organização religiosa de Nova York, já tinha conseguido viajar para Cuba anteriormente com alunos de Beacon em 2000, 2001, 2003 e 2005, com o consentimento do centro e do Departamento de Educação do Estado de Nova York.

As viagens de estudos entre os Estados Unidos e Cuba são permitidas para alunos em idade universitária, mas o instituto Beacon conseguiu enviar em várias ocasiões seus alunos para Cuba, entre os que em 2005 se encontrava a enteada do agora governador de Nova York, David Paterson, segundo detalha o The New York Times.

Turner foi obrigado a deixar seu trabalho no instituto Beacon em 2008 e se mudou para Nova Orleans, onde dirige um projeto comunitário.

terça-feira, 13 de julho de 2010

ACJM e CEBRAPAZ PRESENTES NO 2 DE JULHO


Embora concorrendo com jogo do Brasil na Copa do Mundo e mesmo diante da chuva torrencial que desabou sobre Salvador na madrugada e manhã do dia 2 de julho, as comemorações do dia da Independência da Bahia, maior festa cívica do Estado, transcorreram com a costumeira presença popular que homenageia os grandes heróis da luta independentista, embora em menor número que nos anos anteriores.

A ACJM - Bahia e o CEBRAPAZ estiveram presentes com duas faixas, uma com dizeres que exigiam o fim do bloqueio a Cuba e outra em que manifestava solidariedade ao povo palestino.



Militantes sindicais, pessoas do meio político e muitos populares demonstraram seu apreço a Cuba e à Palestina e parabenizaram a Associação Cultural José Martí e o CEBRAPAZ pela defesa dos ideais da solidariedade internacional. 

O companheiro Barreto, Presidente da ACJM-Bahia, ressaltou que há anos a solidariedade internacional vem ocupando espaço na Festa do 2 de Julho, festa cívica da qual participa o mundo político da Bahia, as diversas entidades sindicais, escolas e o povo em geral, transformando-se num momento em que muitas pessoas tem tomado conhecimento das graves violações perpetradas pelo imperialismo contra Cuba e contra o povo palestino.   

Dez anos após voltar a Cuba, Elián se diz feliz por viver na ilha

Nesta quarta-feira (30/6), os cubanos comemoraram os dez anos da volta do menino Elián González ao país, depois de uma longa disputa diplomática entre o seu país e os Estados Unidos. Agora um adolescente, ele disse que ficou feliz por ter sido criado na ilha comunista. Elián ainda agradeceu aos povos de Cuba e dos EUA que acompanharam seu pai na luta para devolvê-lo ao seu país.

"Esta é a terra a que pertenço e aqui eu me sinto bem", disse o rapaz aos jornalistas, ao participar da cerimônia religiosa que celebrou o décimo aniversário de sua volta à ilha. "Graças à ajuda de uma grande parte do povo norte-americano e do nosso povo, hoje estou com meu pai, e isso é tudo para mim", acrescentou. 

Nas suas primeiras declarações públicas em vários anos, Elian, 16 anos, disse também que não guarda mágoas dos seus parentes de Miami, que o sequestraram alegando que lá ele teria uma vida melhor. Na época, o fato desencadeou uma batalha legal entre Cuba e Estados Unidos. "Embora eles não tenham nos apoiado em tudo, não tenho nenhuma amargura em relação a eles", disse Elián sobre os familiares radicados nos EUA. 

O presidente do país, Raúl Castro, acompanhou a cerimônia ao lado de Elián, hoje estudante pré-universitário em uma escola militar, que compareceu vestindo calça jeans e camisa listrada de manga curta. O pai dele, Juan Miguel González, disse ter "mais certeza hoje do que naquele momento" sobre o acerto em trazer o menino de volta. "Vê-lo hoje se saindo bem, com boas notas na escola, mostra que o que fizemos não foi sem razão."
Ao contrário do filho, González-pai ainda tem ressentimentos em relação à família de Miami. "Aqui estamos unidos, com minha gente, que se comportou bem melhor que eles." 


Elián era um menino de 5 anos quando foi encontrado boiando dentro de uma câmara pneumática, na costa da Flórida, em novembro de 1999. Sua mãe e outros cubanos que acompanhavam o menino haviam morrido no naufrágio de uma frágil embarcação na qual o grupo tentava viajar clandestinamente de Cuba para os EUA. 


Elián foi resgatado por pescadores e levado à casa de uma prima, que morava em Miami. Mas o pai, Juan Miguel, que residia em Cuba, queria o filho de volta. Fidel Castro, então presidente cubano, apoiou a exigência do pai e, apesar de o governo dos Estados Unidos também considerar a volta da criança para seu país a melhor solução, a justiça da colônia cubana da Flórida não queria ceder. O regime comunista realizou uma campanha internacional para que Elián fosse devolvido a Cuba e criado pelo pai e os avós
Após uma longa disputa judicial, os tribunais norte-americanos determinaram que o menino Elián Gonzáles deveria voltar à ilha comandada então por Fidel. 


Na madrugada de 22 de abril de 2000, agentes do FBI foram obrigados a resgatar o menino, já que a família da mãe se negava a devolvê-lo. Elián foi levado para uma base militar onde se encontrou com Juan Miguel e seguiu, finalmente, em junho de 2000, para Cuba, onde foi recebido com festa por milhares de pessoas e reencontrou o pai.

Por que foram condenados os presos que Cuba vai libertar?

Editorial do Portal Vermelho (09/07/2010)


A igreja católica de Cuba anunciou, dia 7, um acordo com o governo de Raúl Castro e o cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana, com a assistência do ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, para libertar 52 presos remanescentes do desmantelamento da conspiração de 2002/2003 pelo fim do socialismo na ilha. Além dos questões humanitárias, o tema envolve aspectos políticos referentes à resistência antiimperialista na ilha que não podem ser postas de lado.

O acordo beneficia 52 presos; cinco presos terão libertação imediata (Antonio Villarreal Acosta, Lester González Pentón, Luis Milán Fernández, José Luis García Paneque e Pablo Pacheco Ávila), e os demais 47 sairão num prazo entre três e quatro meses e poderão viajar para a Espanha, "se assim o desejarem", como declarou o chanceler espanhol. Em maio, quando as negociações entre o governo de Havana e a Igreja começaram, já havia sido libertado o preso Ariel Sigler.

Os presos fazem parte de um grupo detido, julgado e condenado em 2003 por fazerem parte de uma ampla conspiração antissocialista articulada em torno do chamado Projeto Varela, que, com apoio ativo do governo dos EUA, reuniu 48 organizações antirrevolucionárias (cinco delas com sede nos EUA) para investir contra o governo socialista e iniciar o que chamavam de "transição" para o capitalismo.

domingo, 4 de julho de 2010

ACJM - BAHIA PERDE DOIS QUERIDOS AMIGOS


Paulo e Catarina eram dois grandes amigos de Cuba e da Revolução Cubana. Ele, dirigente do PCdoB e do Sindicato dos Rodoviários; ela, militante do PCdoB e parte de uma grande  família de militantes comunistas. Os dois estiveram sempre na linha de frente das lutas do povo de Salvador. É uma imensa perda para todos nós.




Comoção marca despedida de militantes assassinados em Salvador

A despedida dos dois militantes do PCdoB, Paulo Colombiano e Catarina Galindo, foi sob aplausos, bandeiras erguidas do Partido Comunista do Brasil na fria e chuvosa tarde de quarta-feira (30/6).

Os corpos chegaram ao Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador,por volta das 13h. Durante toda a tarde, era grande a entrada e saída de familiares, amigos e companheiros de militância do casal que estava junto há 20 anos. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), fez questão de ir, pessoalmente, prestar suas condolências e ratificou o compromisso em empenhar todos os esforços para uma apuração rápida e precisa dos fatos.

“Colombiano e Catarina eram militantes muito próximos e muito ativos. São perdas enormes para a luta do povo baiano; uma luta que precisa muito de pessoas como eles. A expectativa é de que todas as medidas para resolução do caso sejam tomadas e que os culpados sejam encontrados o mais rápido possível”, ratificou o presidente estadual do PCdoB, Daniel Almeida.

Além de Almeida, parlamentares, lideranças de movimentos sociais e dirigentes estaduais e militantes do partido estiveram presentes, a exemplo da deputada federal Alice Portugal; o deputado estadual Javier Alfaya; as vereadoras de Salvador, Aladilce Souza e Olívia Santana; a prefeita de São Sebastião do Passé, Tânia Portugal; o secretário para Assuntos da Copa – Secopa, Ney Campello; e o diretor-presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães. O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/BA, Adilson Araújo; o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza; o diretor da Federação dos Metalúrgicos e dirigente estadual de Política Sindical do PCdoB-BA, Aurino Pedreira; o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, Silvio Santos; a presidente do Sindicato dos Jornalistas na Bahia, Kardé Mourão, o presidente do Sindicato dos Médicos, José Cayres, o presidente do Sindicato dos Comerciários, Jaelson Dourado; o presidente da APLB Sindicato, Rui Oliveira, a presidente do Simpojud, Maria José Santos da Silva e Renato Pinto, presidente da Assufba.

Participaram também a deputada federal Lídice da Mata, do PSB, o deputado estadual J. Carlos, do PT, e os vereadores Henrique Carballal e Marta Rodrigues, ambos do PT.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB, Adilson Araujo, homenageou os trabalhadores assassinados destacando a árdua luta dos sindicalistas em defesa dos direitos dos trabalhadores e para mudar o Brasil.

Ao final, o presidente estadual do PCdoB, Daniel Almeida, se pronunciou afirmando que a principal homenagem a Colombiano e Catarina é seguir o exemplo desses militantes de dedicação e firmeza na luta pela causa socialista e em defesa dos trabalhadores

Em nota, o Comitê Estadual do PCdoB reverenciou a memória dos dois militantes e exigiu rigorosa apuração do crime. Confira.


“Viva Paulo Colombiano e Catarina Galindo




O Partido Comunista do Brasil lamenta a morte de Paulo Colombiano e Catarina Galindo, dois dedicados militantes da causa socialista, que foram assassinados por desconhecidos em uma motocicleta quando retornavam à sua residência, na noite do dia 29 de junho.


Paulo Colombiano ingressou no Partido Comunista ainda muito jovem. Fez parte da sua direção estadual e atualmente era integrante da Direção Municipal do PCdoB em Salvador, sempre se destacando como organizador dos trabalhadores. Paulo Colombiano participou do movimento de retomada do sindicalismo baiano a partir da década de setenta. Foi eleito vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Salvador, entidade que voltou a representar a partir do ano passado, na função de tesoureiro. Paulo Colombiano foi fundador da CUT e integrou a direção dessa central sindical na Bahia por dois mandatos. Atualmente era dirigente da Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil, CTB.


A trajetória de Paulo Colombiano no PCdoB foi de total dedicação à luta pelo socialismo, de afirmação dos princípios marxistas, da prática e da defesa dos valores comunistas. Firmeza ideológica, coragem de lutar, defesa do partido e espírito solidário são qualidades que marcaram a personalidade de Paulo Colombiano e ficarão para sempre na nossa memória.


Catarina Galindo, trabalhadora, mãe, militante, era uma síntese da mulher atual que constrói o caminho para superar as dificuldades, lutando por seu espaço, para se reconhecer na história, na luta por um Brasil justo e democrático e por rumo socialista para os brasileiros e as brasileiras. De uma família de comunistas, ela era uma dedicada militante do PCdoB. Na função de secretária, seu trabalho profissional, e na militância política, a sensibilidade e a solidariedade eram suas marcas. Ver Catarina, conversar com Catarina, era ter contato com a tranqüilidade e principalmente ver fluir seu jeito carinhoso, bem humorado, mas resoluto. Era o seu jeito de ser mulher, irmã, mãe, trabalhadora e militante. Era o seu jeito de ser feliz.


O Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil, por intermédio de seu Secretariado, ao mesmo tempo em que reverencia a memória dos seus militantes assassinados, exige rigorosa e rápida apuração do crime.


Viva Catarina e Colombiano


Salvador, 30 de junho de 2010