Uma tarde cubano-brasileira foi o momento marcante da segunda jornada da Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, nesta terça-feira (29). Com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi lançada a edição em espanhol do livro “Os últimos Soldados da Guerra Fria”, do escritor Fernando Moraes.
Roberto Ruiz
Para Fernando Moraes, “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” foi de todos os seus livros o que mais o emocionou
O evento lotou a plenária do Centro de Convenções de Havana e foi prestigiado por autoridades cubanas como Armando Hart, diretor do Centro de Estudos Martianos, Ricardo Alarcón, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba (Parlamento), Rolando Alfonso Borges, chefe do Departamento Ideológico do Partido Comunista de Cuba e familiares dos Cinco Heróis Cubanos, como são conhecidos Gerardo Henandez, Ramon Labañino, Fernando Gonzalez, Antonio Guerrero e René Gonzalez, injustamente presos nos Estados Unidos.
Coube a Ricardo Alarcón fazer a apresentação do livro, num discurso bem preparado em que fez reflexões e apresentou informações sobre o andamento das ações da defesa dos prisioneiros, que cogita neste momento pedir à Corte Suprema dos Estados Unidos um Habeas Corpus como recurso final para tentar uma revisão das sentenças.
Alarcón iniciou suas palavras dirigindo-se ao “querido companheiro Lula, que sempre esteve e sempre estará onde as lutas dos povos latino-americanos reclamam”. Por intermédio do ex-presidente, figura popular e querida em Cuba, o dirigente cubano transmitiu os sentimentos de dor e solidariedade ao povo brasileiro e às famílias das vítimas da tragédia de Santa Maria (RS), ocorrida no último final de semana.
“Foi uma decisão sábia abrir este espaço na Terceira Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo para o lançamento deste livro”, afirmou Alarcón. Segundo ele, José Martí, que “descobriu a natureza oculta da sociedade norte-americana”, teria lido a obra de Fernando Moraes com “amoroso interesse, emoção e assombro”.
Traçando um paralelo histórico entre o “Apóstolo da Independência” com os Cinco Heróis presos nos Estados Unidos, Alarcón mencionou que os Cinco, assim como Martí, “viveram nas entranhas do monstro sem se corromper”.
O presidente da Assembleia Nacional de Cuba não poupou elogios ao livro e ao escritor brasileiro, a quem chamou de “meu querido e admirado amigo, um dos maiores escritores do nosso tempo”. Na opinião de Alarcón, “faltava uma voz que fosse capaz de chegar ao coração das pessoas com a força criadora do escritor, do jornalista que não conhece limites no seu trabalho investigativo”.
Para Fernando Moraes, “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” foi de todos os seus livros o que mais o emocionou, pois se trata de um livro sobre seres humanos. Ele relatou que até a publicação da primeira edição em português foram três anos de trabalho e de muitas viagens a Havana, Miami e Nova York para examinar documentos e colher depoimentos. O escritor disse que se sentia honrado que seu livro estivesse sendo lançado em espanhol “em circunstância tão importante como durante as comemorações do 160º aniversário de José Martí e ao lado de Alarcón e Lula, querido e eterno presidente do Brasil”.
Fernando Moraes fez um agradecimento especial às famílias dos Cinco Heróis que ajudaram na produção do livro ao darem depoimentos e informações importantes.
Com bom humor, contou que no último diálogo que teve por telefone com um dos prisioneiros, disse acreditar que em breve estarão todos em Cuba e festejarão a libertação com uma caipirinha feita por ele próprio. Neste momento, entre risos da plateia, tirou da mochila uma garrafa de uma autêntica cachaça mineira e a entregou a Alarcón para que a cachaça fique sob sua custódia até o dia do esperado encontro.
Extraído do blog Vermelho
Coube a Ricardo Alarcón fazer a apresentação do livro, num discurso bem preparado em que fez reflexões e apresentou informações sobre o andamento das ações da defesa dos prisioneiros, que cogita neste momento pedir à Corte Suprema dos Estados Unidos um Habeas Corpus como recurso final para tentar uma revisão das sentenças.
Alarcón iniciou suas palavras dirigindo-se ao “querido companheiro Lula, que sempre esteve e sempre estará onde as lutas dos povos latino-americanos reclamam”. Por intermédio do ex-presidente, figura popular e querida em Cuba, o dirigente cubano transmitiu os sentimentos de dor e solidariedade ao povo brasileiro e às famílias das vítimas da tragédia de Santa Maria (RS), ocorrida no último final de semana.
“Foi uma decisão sábia abrir este espaço na Terceira Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo para o lançamento deste livro”, afirmou Alarcón. Segundo ele, José Martí, que “descobriu a natureza oculta da sociedade norte-americana”, teria lido a obra de Fernando Moraes com “amoroso interesse, emoção e assombro”.
Traçando um paralelo histórico entre o “Apóstolo da Independência” com os Cinco Heróis presos nos Estados Unidos, Alarcón mencionou que os Cinco, assim como Martí, “viveram nas entranhas do monstro sem se corromper”.
O presidente da Assembleia Nacional de Cuba não poupou elogios ao livro e ao escritor brasileiro, a quem chamou de “meu querido e admirado amigo, um dos maiores escritores do nosso tempo”. Na opinião de Alarcón, “faltava uma voz que fosse capaz de chegar ao coração das pessoas com a força criadora do escritor, do jornalista que não conhece limites no seu trabalho investigativo”.
Para Fernando Moraes, “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” foi de todos os seus livros o que mais o emocionou, pois se trata de um livro sobre seres humanos. Ele relatou que até a publicação da primeira edição em português foram três anos de trabalho e de muitas viagens a Havana, Miami e Nova York para examinar documentos e colher depoimentos. O escritor disse que se sentia honrado que seu livro estivesse sendo lançado em espanhol “em circunstância tão importante como durante as comemorações do 160º aniversário de José Martí e ao lado de Alarcón e Lula, querido e eterno presidente do Brasil”.
Fernando Moraes fez um agradecimento especial às famílias dos Cinco Heróis que ajudaram na produção do livro ao darem depoimentos e informações importantes.
Com bom humor, contou que no último diálogo que teve por telefone com um dos prisioneiros, disse acreditar que em breve estarão todos em Cuba e festejarão a libertação com uma caipirinha feita por ele próprio. Neste momento, entre risos da plateia, tirou da mochila uma garrafa de uma autêntica cachaça mineira e a entregou a Alarcón para que a cachaça fique sob sua custódia até o dia do esperado encontro.
Extraído do blog Vermelho
De Havana, José Reinaldo Carvalho
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