terça-feira, 16 de março de 2010

Cuba e a campanha midiática dos EUA

Cuba e a campanha midiática dos EUA

Os Estados Unidos incentiva a subversão contra Cuba há meio século e através de uma campanha midiática tenta distorcer a realidade com o objetivo de afogar o processo revolucionário. A administração estadunidense, encabeçada por Barack Obama, somou-se à trajetória de seus antecessores e em fevereiro de 2010 renovou a declaração de emergência nacional contra Cuba, vigente desde 1996, quando após numerosas violações do espaço aéreo foram derrubados dois aviões.


As estratégias midiáticas de subversão têm ampliado os horizontes e estão enfocadas agora no recrutamento de elementos anti-sociais capazes de tudo em troca de ganhos econômicos, como denunciou recentemente o Parlamento cubano em uma declaração oficial.

Há alguns dias, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, denunciou no segmento de alto nível do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que "se pretende apresentar mercenários como patriotas, agentes pagos dos Estados Unidos em território cubano como dissidentes, criminosos apátridas como prisioneiros de consciência".

Rodríguez argumentou que "a poderosa maquinaria do império não vacila em utilizar um preso reincidente e sancionado em devido processo, por delitos comuns, e depois recrutado em prisão, para o apresentar como um lutador pelos direitos humanos".

A máxima figura da diplomacia cubana referia-se ao caso de um preso por delitos comuns, sobre quem o noticiário da televisão apresentou as provas do atendimento médico oferecido ao preso por delitos comuns antes de ele morrer no dia 23 de fevereiro em Havana.

Existem outras ferramentas como a lei Torricelli (1992) e Helms-Burton (1996), as quais alegam que os "Estados Unidos proporcionará assistência a organizações não governamentais, para apoiar indivíduos e grupos que promovam uma mudança democrática não violenta em Cuba".

As chamadas Rádio e Televisão Martí, aprovadas como um serviço da Voz da América, estão em desacordo com a própria lei norte-americana. Por suas características, sistema de correspondentes, estrutura interna, horários de transmissão, conteúdo e desenvolvimento de programação, comporta-se não como um serviço anexo a outra emissora, senão como uma poderosa estação destinada à desestabilização na ilha.

Cuba, no Comitê de Informação da Assembleia Geral das Nações Unidas, acusou os Estados Unidos de aumentarem o financiamento de sua campanha de propaganda radial e televisiva para fomentar uma crise artificial na ilha.

Fabio Leite, diretor do Escritório de Radiocomunicações da União Internacional de Telecomunicações, pontualizou que as transmissões ilegais de rádio e televisão provenientes dos Estados Unidos são inadmissíveis.

O diretor destacou que esse ataque constitui uma violação ao regulamento de Rádio Comunicações da organização, o qual estipula que as transmissões devem ser concebidas como um serviço nacional de boa qualidade dentro dos limites do país que se trate.

Fonte: Prensa Latina

Nenhum comentário: