O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rebateu nesta terça-feita (16), durante sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, denúncias de atentados contra a liberdade de expressão no país. O embaixador venezuelano no órgão, Mundaraín Hernandez, negou as acusações e responsabilizou os Estados Unidos por elas, afirmando que o governo norte-americanos “repete mentiras” contra a Venezuela.
Segundo o embaixador, o governo da Venezuela promove e respeita os direitos humanos. Ele rechaçou a denúncia de existência da censura a meios de comunicação ou perseguições em seu país. Também disse que há respeito à liberdade de expressão e às convicções políticas.
“A pátria de Bolívar não permanecerá em silêncio frente a nenhum tipo de agressão contra o seu povo e seu governo, muito menos para aquelas provenientes do império dos Estados Unidos, que repete mentiras e pretende se estabelecer como um guia dos direitos humanos”, disse ele.
Em seguida, o diplomata acrescentou: “Quem está nos atacando injustamente é o país que viola os direitos humanos no planeta. É o que sustenta o recorde obscuro de violações e abusos contra a dignidade humana na história moderna , sendo o único que tem a bomba atômica usada contra civis, além de ser o chefe político de militares em conflitos armados”.
Cuba
Também na reunião do Conselho, Cuba qualificou como "retórica hipócrita" o fato de pedirem a atenção do organismo apenas para situações dos países do Sul, com pretensões hegemônicas e intolerância ideológica.
Em uma intervenção diante do CDH, o representante permanente cubano em Genebra, Rodolfo Reyes, considerou esse tipo de exercício como "táticas de distração já conhecidas".
"No afã de ocultar e estender a impunidade às violações massivas e flagrantes aos direitos humanos que perpetram contra seus próprios povos e contra toda a humanidade, recorrem a esses métodos", afirmou o diplomata.
"Os falsos documentos e a ilegítima representação do papel de 'guardiões' de direitos humanos, não os exonera de sua responsabilidade pelos mais graves atos cometidos contra a dignidade humana e as liberdades fundamentais", descreveu.
Em seus incisivas palavras, o embaixador cubano recordou que as nações ocidentais que fazem questão de debater no conselho situações segundo seus pontos de vista, "são os autores e privilegiados pela ordem econômica internacional vigente".
"São os cúmplices e beneficiários da escravatura, do colonialismo e do neocolonialismo que condenou o Sul ao subdesenvolvimento (...), os que impõem modernas guerras de conquista que ocasionam milhões de mortos, geralmente civis", agregou.
Reyes perguntou sobre a responsabilidade a respeito "das brutalidades cometidas em Abu Ghraib, Bagram, Guantânamo e outros centros de tortura e morte", e também mencionou aos voos secretos da CIA e os cárceres clandestinos.
Fonte:Vermelho
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