Alguns meses depois do terremoto, quando muitos já voltaram, os médicos cubanos seguem em no Haiti
HAVANA, Cuba, 10 jun (ACN) A significativa contribuição de Cuba para a formação de mais de 600 médicos haitianos foi elogiada durante o primeiro dia de uma reunião de uma semana em Porto-Príncipe da Comissão Tripartite Cuba-Brasil-Haiti.
Os membros da Comissão reconheceram o trabalho que Cuba vem fazendo no Haiti por mais de dez anos. Lorenzo Somarriba vice-ministro cubano da Saúde Pública ratificou a disposição de seu país “para continuar trabalhando incansavelmente para que o Haiti possa reforçar seu Sistema Único de Saúde”.
Na segunda-feira, os participantes discutiram a questão da formação de recursos humanos, que é um dos maiores problemas que o sistema de saúde haitiano está enfrentando, como admitiu Jean Hughes, presidente do Haiti, durante Comissão.
Ele acrescentou que, segundo a Organização Mundial da Saúde, são necessários uns 25 especialistas para atender uma população de dez mil pessoas. “No Haiti, temos apenas 2,7 profissionais por cada dez mil habitantes”, observou.
Hughes explicou que a maioria dos médicos haitianos está na capital e que mais de 50% são médicos generalistas. Ele também apontou que os graduados de especialidades como ortopedia, anestesiologia e otorrinolaringologia são quase inexistentes.
No que diz respeito à formação dos profissionais, a Dra. Clarisse Ferraz, explicou a posição da delegação brasileira e disse que o Haiti tem médicos treinados “para um sistema de saúde curativa, não houve tempo para treinar equipes qualificadas na promoção da saúde, para a saúde pública e comunitária. E nós temos que mudar essa situação, a fim de reduzir doenças como a tuberculose, a malária ou os altos índices de mortalidade infantil. Agora, o Haiti também terá profissionais brasileiros em suas universidades”.
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