O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, desembarca hoje (17) em Havana (Cuba), onde fica até domingo (19). Em seguida, vai para Nova York (Estados Unidos) participar da 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Amorim tem reuniões marcadas com o presidente cubano, Raúl Castro. O objetivo é intensificar as relações bilaterais.
A visita de Amorim ocorre no momento em que o governo cubano anunciou o corte de mais de 500 mil empregos no setor público como alternativa para driblar as dificuldades econômicas no país. Pela primeira vez, as autoridades autorizaram a ampliação de concessão para atividades privadas, como comércio e serviços de táxi.
O chanceler brasileiro chega a Cuba dois dias depois de o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, acusar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de reforçar o bloqueio econômico imposto ao país desde 1962. Segundo o chanceler, há 48 anos sob severas restrições, Cuba acumulou no período prejuízo de US$ 751,3 bilhões.
Parrilla criticou o fato de o bloqueio impede Cuba de “exportar e importar” bens e serviços livremente. De acordo com ele, o país tem limitações para negociar utilizando o dólar como moeda, assim como não pode usar bancos estrangeiros nem acesso ao crédito de instituições norte-americanas.
O chanceler cubano disse ainda que é ilusão imaginar mudanças a curto prazo nas relações entre os Estados Unidos e Cuba. Para Parilla, os atos determinados por Obama “violam os padrões internacionais básicos”. Ele se referiu à manutenção do bloqueio mesmo com a recomendação das Nações Unidas para a suspensão das restrições.
Em 2009, representantes de 187 países, durante sessão da ONU, apoiaram Cuba e rechaçaram a manutenção do ebloqueio ao país. Autoridades que participarão da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas informaram que o tema novamente entrará na pauta das sessões, que começam no próximo dia 23.
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